É uma noite de muito calor, não sopra nenhuma brisa, os pés de abacate, pitanga e palmeiras estão com suas folhas secas como tivessem sido tocadas fogo, olho para o céu que mostra os raios ainda os raios vermelhos do que foi o pôr do sol, a lua é minguante o que torna a noite mais sombria.
Desde ao depois da meditação passei o dia num estado de paz no meu coração, aquela sensação que antes do dia terminar, estaria em contato com "algo" que iria me libertar de velhos padrões.
Enquanto estava observando a noite, "vi" se aproximar uma garota de uns 7 para 8 anos, alegre, tagarela, que começou a falar que não gostava muito de brincar de boneca, sim de correr picula, jogar capitão, pular corda, jogar gude, empinar arraia, ficar horas no balanço, olhar para as nuvens e criar imagens e personagens, falou do tempo que sentava no pé de mangaba e "conversava" com Deus, quando chovia vinha da escola e passava pelas bicas das casas se molhando mesmo com a sobrinha nas mãos por puro prazer.
Enquanto "ouvia" suas palavras, me peguei sorrindo e fiquei me lembrando dos anos de terapia nas vezes em que "trabalhei" minha criança ferida, mas nunca fiz um contato real no meu coração como hoje, onde juntas a acriança ferida e a criança feliz se integrem me tornando uma "adulta" consciente,
sinto que meu coração se "abre" como numa comporta de perdão, alegria, perdão e amor incondicional, onde cada vez mais vou me desapegando dos velhos padrões de dor e sofrimento.
Estou em paz. Muitas coisas que "ela" falou não poderei mais fazer, agora quanto as nuvens, voltarei a olhar e quem sabe verei escrito meu próximo aprendizado"
Depois dessa renovadora conversa, é hora de dormir.
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