" A meditação é uma das coisas mais extraordinárias e, se não souber de que se trata, você será como um cego nu. num mundo de cores brilhantes, sombras e luzes cambiantes.
Não é uma questão intelectual, pois quando o coração penetra a mente,esta passa a ter uma qualidade diferente; ela é então, realmente ilimitada, não só em sua capacidades de pensar e agir com eficiência, mas também no sentido de viver num amplo espaço em que você faz parte de tudo.
Meditação é o movimento do amor. Não o amor do um ou do múltiplo. É como água que qualquer um pode beber de um cântaro, seja o cântaro de ouro ou de barro, a água é inexaurível. E coisa peculiar acontece que nem a droga nem a auto-hipnose podem produzir: é como se a mente entrasse dentro de sim mesma, começando na superfície e penetrando cada vez mais fundo, até que profundidade e altura tenham perdido o seu significado e toda forma de medida cessado.
Nesse estado há completa paz - não satisfação que vem da gratificação - mas uma paz que tem ordem, beleza e intensidade. Toda ela pode ser destruída. Como uma flor pode ser destruída; e, contudo, por causa de sua própria vulnerabilidade, torna-se indestrutível.
Essa meditação não se aprende com outrem. Deve-se começar sem nada saber a respeito e prosseguir com simplicidade. O solo em que a mente meditativa pode surgir é a vida diária, a disputa, a dor e a alegria fugaz. Deve surgir lá, trazendo ordem e dai prosseguir sem parar. Mas se você está preocupado só em produzir ordem, então essa mesma ordem produzirá sua própria limitação e a mente tornar-se-á sua prisioneira. Em todo esse movimento, você deve começar de algum modo pelo outro extremo, da outra margem, e não ficar preocupado com essa margem ou em como cruzar o rio. Caia n'água sem saber nadar. A beleza da meditação está em você não saber onde se encontra, para onde se dirige e qual é o fim."
Krishnamurti
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
domingo, 14 de abril de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
TRABALHO E OFERENDA
" E ele respondeu:
Palavras belas são ditas por poetas. E um dia alguém escreverá:
Eu dormi e achei que a vida era apenas Alegria,
Acordei e descobri que a vida era Dever.
Cumpri meu Dever e descobri que a vida era Alegria.
O trabalho é a manifestação do Amor que une os seres humanos. Por meio dele, descobrimos que não somos capazes de viver sem o outro e que o outro também precisa de nós.
Há dois tipos de trabalho.
O primeiro é aquele feito apenas por obrigação e para ganhar o pão de cada dia. Neste caso, as pessoas estão apenas vendendo seu tempo, sem entender que jamais poderão comprá-lo de volta.
Passam a existencia inteira sonhando com o dia em que poderão finalmente descansar. Quando esse dia chega, já estão velhos demais para desfrutar tudo o que a vida pode oferecer.
Essas pessoas jamais assumem a responsabilidade por seus atos. Dizem: " Não tenho escolha"
Mas há o segundo tipo de trabalho.
Aquele que as pessoas também aceitam para ganhar o pão de cada dia, mas no qual procuram preencher cada minuto com dedicação e amor aos demais.
A esse segundo trabalho chamamos Oferenda. Porque podemos ter duas pessoas cozinhando a mesma comida e usando exatamente os mesmos ingredientes; mas uma delas colocou Amor no que fazia, enquanto a outra procurava apenas alimentar-se. O resultado será completamente diferente, embora o amor não possa ser visto nem colocado numa balança.
A pessoa que faz a Oferenda sempre é recompensada. Quanto mais divide seu afeto,, mais seu afeto se multiplica.
Quando a Energia Divina colocou o Universo em movimento, todos os astros e estrelas, todos os mares e florestas, todos os vales e montanhas receberam a oportunidade de participar da Criação. E o mesmo acontecimento com todos os homens.
Alguns disseram: Não queremos. Não poderemos corrigir o que está errado e punir a injustiça".
Outros disseram:" Com o suor de meu rosto irrigarei o campo, e essa será minha maneira de louvar o Criador"
Mas veio o demônio e sussurrou com sua voz de mel" Você terá que carregar essa rocha até o topo do do monte cada dia, e quando chegar lá, ela voltará a escorregar de novo para baixo".
E todos acreditaram no demônio disseram: " A vida não tem mais sentido além de repetir a mesma tarefa".
E os que não acreditaram no demônio responderam:"Pois então passarei a amar a pedra que preciso carregar até o topo da montanha. Assim, cada minuto ao seu lado será um minuto perto do que amo".
A Oferenda é a oração sem palavras. E, como toda exige disciplina - mas a disciplina não é uma escravidão, e sim uma escolha.
Não adianta dizer: " A sorte foi injusta comigo. Enquanto alguns percorrem o caminho do sonho, estou aqui apenas fazendo o meu trabalho e ganhando meu sustento".
A sorte não é injusta com ninguém. Todos nós estamos livres para amar ou detestar o que fazemos.
Quando amamos, encontramos em nossa atividade diária a mesma alegria daqueles que um dia partiram em busca dos seus sonhos.
Ninguém pode conhecer a importância e a grandeza do que faz. Nisso reside o mistério e a beleza da Oferenda: ela é a missão que nos foi confiada, e nós precisamos confiar nela.
O lavrador pode plantar, mas não pode dizer ao sol: "Brilhe mais forte esta manhã". Não pode dizer às nuvens: "Façam chover hoje à tarde". Ele precisa fazer o que é necessário, arar o campo, colocar as sementes e aprender o dom da paciência por meio da contemplação.
Ele terá momentos de desespero, quando vir sua colheita perdida e achar que seu trabalho foi em vão.
Também aquele que partiu em busca dos sonhos passa por momentos em que se arrepende de sua escolha
e tudo o que deseja é voltar e encontrar um trabalho que lhe permita viver.
Mas no dia seguinte o coração de cada trabalhador ou de cada aventureiro sentirá mais euforia e confiança. Ambos verão os frutos da Oferenda - e se alegrarão com eles.
Porque os dois estão cantando a mesma canção: a canção da alegria na tarefa que lhes foi confiada.
O poeta morrerá de fome se não existir o pastor. O pastor morrerá de tristeza se não puder cantar os versos do poeta..Através da Oferenda, você está permitindo que os outros possam amá-lo
E está aprendendo a amar os outros através do que lhe oferecem.
Paulo Coelho - Manuscrito encontrado em Accra
Palavras belas são ditas por poetas. E um dia alguém escreverá:
Eu dormi e achei que a vida era apenas Alegria,
Acordei e descobri que a vida era Dever.
Cumpri meu Dever e descobri que a vida era Alegria.
O trabalho é a manifestação do Amor que une os seres humanos. Por meio dele, descobrimos que não somos capazes de viver sem o outro e que o outro também precisa de nós.
Há dois tipos de trabalho.
O primeiro é aquele feito apenas por obrigação e para ganhar o pão de cada dia. Neste caso, as pessoas estão apenas vendendo seu tempo, sem entender que jamais poderão comprá-lo de volta.
Passam a existencia inteira sonhando com o dia em que poderão finalmente descansar. Quando esse dia chega, já estão velhos demais para desfrutar tudo o que a vida pode oferecer.
Essas pessoas jamais assumem a responsabilidade por seus atos. Dizem: " Não tenho escolha"
Mas há o segundo tipo de trabalho.
Aquele que as pessoas também aceitam para ganhar o pão de cada dia, mas no qual procuram preencher cada minuto com dedicação e amor aos demais.
A esse segundo trabalho chamamos Oferenda. Porque podemos ter duas pessoas cozinhando a mesma comida e usando exatamente os mesmos ingredientes; mas uma delas colocou Amor no que fazia, enquanto a outra procurava apenas alimentar-se. O resultado será completamente diferente, embora o amor não possa ser visto nem colocado numa balança.
A pessoa que faz a Oferenda sempre é recompensada. Quanto mais divide seu afeto,, mais seu afeto se multiplica.
Quando a Energia Divina colocou o Universo em movimento, todos os astros e estrelas, todos os mares e florestas, todos os vales e montanhas receberam a oportunidade de participar da Criação. E o mesmo acontecimento com todos os homens.
Alguns disseram: Não queremos. Não poderemos corrigir o que está errado e punir a injustiça".
Outros disseram:" Com o suor de meu rosto irrigarei o campo, e essa será minha maneira de louvar o Criador"
Mas veio o demônio e sussurrou com sua voz de mel" Você terá que carregar essa rocha até o topo do do monte cada dia, e quando chegar lá, ela voltará a escorregar de novo para baixo".
E todos acreditaram no demônio disseram: " A vida não tem mais sentido além de repetir a mesma tarefa".
E os que não acreditaram no demônio responderam:"Pois então passarei a amar a pedra que preciso carregar até o topo da montanha. Assim, cada minuto ao seu lado será um minuto perto do que amo".
A Oferenda é a oração sem palavras. E, como toda exige disciplina - mas a disciplina não é uma escravidão, e sim uma escolha.
Não adianta dizer: " A sorte foi injusta comigo. Enquanto alguns percorrem o caminho do sonho, estou aqui apenas fazendo o meu trabalho e ganhando meu sustento".
A sorte não é injusta com ninguém. Todos nós estamos livres para amar ou detestar o que fazemos.
Quando amamos, encontramos em nossa atividade diária a mesma alegria daqueles que um dia partiram em busca dos seus sonhos.
Ninguém pode conhecer a importância e a grandeza do que faz. Nisso reside o mistério e a beleza da Oferenda: ela é a missão que nos foi confiada, e nós precisamos confiar nela.
O lavrador pode plantar, mas não pode dizer ao sol: "Brilhe mais forte esta manhã". Não pode dizer às nuvens: "Façam chover hoje à tarde". Ele precisa fazer o que é necessário, arar o campo, colocar as sementes e aprender o dom da paciência por meio da contemplação.
Ele terá momentos de desespero, quando vir sua colheita perdida e achar que seu trabalho foi em vão.
Também aquele que partiu em busca dos sonhos passa por momentos em que se arrepende de sua escolha
e tudo o que deseja é voltar e encontrar um trabalho que lhe permita viver.
Mas no dia seguinte o coração de cada trabalhador ou de cada aventureiro sentirá mais euforia e confiança. Ambos verão os frutos da Oferenda - e se alegrarão com eles.
Porque os dois estão cantando a mesma canção: a canção da alegria na tarefa que lhes foi confiada.
O poeta morrerá de fome se não existir o pastor. O pastor morrerá de tristeza se não puder cantar os versos do poeta..Através da Oferenda, você está permitindo que os outros possam amá-lo
E está aprendendo a amar os outros através do que lhe oferecem.
Paulo Coelho - Manuscrito encontrado em Accra
domingo, 7 de abril de 2013
FLUINDO COMO UM RIO
O caminho da água que flui sobre a terra se assemelha aos nossos próprios caminhos através da vida. A água inicia sua estada sobre a Terra ao cair do céu, ou quando o gelo derrete e cascateia encosta abaixo para se juntar a um afluente ou um rio. Dessa mesma forma chegamos ao undo e começamos nossa vida sobre a Terra. Como um rio que flui entre os limites de suas margens, nascemos com alguma caracteristicas que nos definem e determinam nossa identidade.
Nascemos em um determinado momento e lugar, em uma família específica e com determinados dons e talentos. Dentro desses limites, atravessamos a vida encontrando muitas curvas e obstáculos ao longo do caminho - exatamente como acontece a um rio que flui.
A água é a grande mestra que nos ensina como atravessar a vida com tranquilidade, naturalidade, determinação e humildade. Quando o rio despenca em uma cachoeira, acumula energia e segue em frente.
Quando encontramos nossas cachoeiras, a queda pode ser forte, mas continuamos em frente. A água pode nos inspirar a não nos tornarmos rígidos de medo ou a ficarmos presos ao que já conhecemos. A água é corajosa e não perde tempo com o passado, mas segue seu caminho sem olhar para trás. Por outro lado, quando existe uma cavidade a preencher, a água não foge temerosa da escuridão; pelo contrário, bravamente e com humildade, ela preenche o espaço vazio. Da mesma forma, podemos enfrentar os momentos escuros da vida sem fugir.
Um certo dia, o rio desembocará no mar. A água não teme reunir-se a um elemento maior, nem teme perder a identidade ou o controle. Graciosamente e com humildade, mescla-se à vastidão, contribuindo com sua energia e fundindo-se, sem opor resistência.
Sempre que nos colocamos acima de nossos egos individuais para participar de algo maior, podemos tentar seguir o exemplo do rio.
MADISYN TAYLOR
Nascemos em um determinado momento e lugar, em uma família específica e com determinados dons e talentos. Dentro desses limites, atravessamos a vida encontrando muitas curvas e obstáculos ao longo do caminho - exatamente como acontece a um rio que flui.
A água é a grande mestra que nos ensina como atravessar a vida com tranquilidade, naturalidade, determinação e humildade. Quando o rio despenca em uma cachoeira, acumula energia e segue em frente.
Quando encontramos nossas cachoeiras, a queda pode ser forte, mas continuamos em frente. A água pode nos inspirar a não nos tornarmos rígidos de medo ou a ficarmos presos ao que já conhecemos. A água é corajosa e não perde tempo com o passado, mas segue seu caminho sem olhar para trás. Por outro lado, quando existe uma cavidade a preencher, a água não foge temerosa da escuridão; pelo contrário, bravamente e com humildade, ela preenche o espaço vazio. Da mesma forma, podemos enfrentar os momentos escuros da vida sem fugir.
Um certo dia, o rio desembocará no mar. A água não teme reunir-se a um elemento maior, nem teme perder a identidade ou o controle. Graciosamente e com humildade, mescla-se à vastidão, contribuindo com sua energia e fundindo-se, sem opor resistência.
Sempre que nos colocamos acima de nossos egos individuais para participar de algo maior, podemos tentar seguir o exemplo do rio.
MADISYN TAYLOR
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