" A tolerância não pode ser confundida com uma desdenhosa permissão para que aqueles que consideramos equivocados sigam seu caminho rumo ao erro.Também não é a orgulhosa presunção que diz "sim, eu lhe tolero, permito que expresse seus pontos de vista". Tolerância implica o reconhecimento definitivo de que cada indivíduo deve ser livre para escolher seu próprio caminho, sem que o outro interfira na estrada que ele escolheu.
Ser tolerante significa não julgar nem criticar os outros, com vistas a limitar suas opiniões ou conceder-lhes permissão para tê-las A pessoa tolerante compreende e se curva à verdade do grande ditado sufi: " Os caminhos para Deus são tantos quantos os alentos dos filhos dos homens" Ou ao profundo significado das palavras de Krishna: "Qualquer que seja a estrada pela qual o homem se aproxime de mim, nessa estrada eu lhe dou as boas-vindas, pois todas as estradas são minhas".
A pessoa realmente tolerante renuncia completamente a qualquer tentativa de apontar uma estrada que todos devam trilhar. Ela vê que, quando o espírito humano busca Deus, quando a inteligência humana tenta se elevar até o divino, quando o coração humano está sedento pelo contato com sua fonte, a estrada para Deus está sendo trilhada, e o trilhar inevitavelmente levará`à meta.
Os caminhos são diferentes porque as mentes dos homens são diferentes, porque cresceram ao longo de diferentes linhas de pensamento e foram acostumados desde tempos imemoriais a uma variedade de crenças religiosas, de pontos de vista e de concepções. Elas são úteis, e não prejudiciais, pois a verdade é tão multifacetada que pode ser vista a partir de pontos de vista diferentes, e cada nova visão é um acréscimo, não um impedimento. Estudar as visões diferentes das nossas, tentar aprender pacientemente a partir do ponto de vista do outro, ver o que ele vê - é assim que se desenvolve a visão que por fim verá toda a verdade, e não apenas um fragmento dela. Quanto mais estudamos, quanto mais compreendemos a unidade enquanto estudamos a diversidade, melhor conhecemos sua grandeza."
Annie Besant
Trecho constante da revista Sophia n 43
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário