" De todos os arquétipos, a imagem da mãe tem sido a menos corrompida com o passar do tempo, com muitas pessoas apreciando as dádivas de nutrição e abundância que ela nos oferece a cada momento de nossa vida. Ela é o oceano de possibilidades na qual lançamos nossa linha de pesca, a nutrição que alimenta o herói em sua jornada, o trono no qual se senta o rei, a caverna que o amante precisa entrar para conhecer a si mesmo e as águas que dão as boas-vindas ao sábio quando ele chega ao lar no final das viagens.
Alguns contos mitológicos falam do pesar dela, quando seu filho se perde ou deixa o lar, contudo, o amor da grande mãe é tão profundo, que, em tal pesar, há também celebração, pois sua criança pôs-se a caminho para realizar seu destino. Isso não é verdade para qualquer pai? Não é o poder do amor que leva a mãe-pássaro a empurrar sua prole para fora do ninho e a confiar na qualidade inerente do voo?
A abundancia da mãe está sempre disponível para nós, quando nos aproximamos dela com amor, honra e respeito - qualidades que alimentam o fogo dela. Quando deixamos de apreciar suas necessidades, as portas de sua dádivas se fecham e passamos a sentir a dor da sua partida. É vitalmente importante em nosso planeta nesse tempo que aprendamos a respeitar e a honrar a mãe, quer a vejamos no alimento que ingerimos, na energia que usamos, nos móveis sobre os quais nos sentamos ou nos corpos físicos que nos levam pela vida. É preciso que todo mundo saiba que ela está lentamente retirando sua assistência à medida que esse velho mundo morre e antes que o novo nasça. Porém a abundancia do novo mundo está baseada em nossa capacidade de apreciar a grande mãe agora e, portanto, essa é uma grande oportunidade para:
. Celebrar suas oferendas com reverência.
. Ver os sítios sagrados ou lugares de sacralidade como o lar dela e visita-los, levando oferendas de alegria, riso, música e dança.
. Ver árvores e plantas como seus pulmões, sem os quais não conseguiríamos respirar.
. Ver rios e oceanos como seu sangue, que precisa ser mantido limpo e não poluído se quisermos que ela continue a nos alimentar.
. Ver as pedras e montanhas como seus ossos, que nos oferecem segurança e estabilidade.
. Ver como nossa família todas as outras criaturas deste planeta, cada uma das quais reflete uma parte de nossa natureza humana.
. Ver cada ser humano como outra parte de nós mesmos e encontra-lo sempre com amor, honra e respeito."
Christine Page. M.D - Livro O Mistério 2012.
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
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