RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


domingo, 21 de fevereiro de 2010

VOLTEI

Não foi uma parada "planejada" (aliás como tudo atualmente na minha vida).
Estando no período próximo ao carnaval, pensei que gostaria de me afastar da cidade, mais não me esforcei para planejar ou direcionar o destino. Confiei na Providência. Atendendo uma cliente, numa das sessões, a mesma começou a falar de sua casa em Conceição uma das praias da ilha de Itaparica, que com o marido e os netos descansam no mês de janeiro. Continuando o atendimento, ela se aquietou e quando terminou ela falou: Se você quiser passar o carnaval na ilha a casa é sua. Fiquei emocionada e agradecida disse sim.
Falei com minha familia, mais ninguém quis ir porque haviam planejado outro roteiro, fui entendendo que teria que ir sózinha.
Tudo certo, parti na sexta-feira de carnaval, e a medida que a lancha foi se afastando, que a cidade foi ficando distante, fui me dando conta o quanto não fiquei pensando e nem planejando o que faria retornasse, simplesmente embalada pelo balanço, olhando o mar na sua imensidão e beleza percebi que é assim que me encontro "navegando" no oceano da vida, um dia de cada vez, realizando "travessias" sem olhar para trás, nem a expectativa do que virá. O que levei foi um material de estudo sobre a Aura e Cores que é o que venho ampliando nos meus atendimentos.
Dias de muitas caminhadas, banhos em grandes poças de água, porque não sei nadar, me sentia o próprio jacaré na lagoa. Conceição não é uma praia desconhecida porque alguns anos trabalhei num hotel durante o período do verão. Onde não aproveitei devido a tensão do trabalho (gerenciava a cozinha e o estoque) e naquele tempo eu era perfeccionista.
Num trecho da praia, existe um antigo mangue, que me lembro achava interessante, mais ao olhar dessa vez fiquei encantada, olhei os detalhes da paisagem, as cores, as formas, com o olhar ampliado e desejei ter papel e lápis para desenhar. Não tendo, gravei na mente e cada dia percebia um detalhe. Quando retornar as aulas de desenho e pintura, pretendo utiliza-la como exercício e quem sabe transformá-la num quadro.
Quando retornei foi o mesmo sentimento de desapego, não lamentei porque havia acabado. Foi uma pausa, apenas uma travessia. Preciso continuar a caminhada, no mais, deixo ao Divino as devidas providências.

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