" Pessoas e plantas são muito parecidas.
Luther Burbank, o "Mago das Plantas" trouxe à vida muitas possibilidades latentes no mundo das plantas. Seus experimentos e realizações com as flores, por exemplo, foram notáveis. Ele fez o copo-de-leite branco desenvolver um perfume que combinasse com sua beleza rígida como cera; fez a dália ficar cheirosa; ensinou a uma pequena margarida a aumentar seu diâmetro para vinte e um centímetros... treinou rosas para deixarem de lado suas armas de defesa e crescerem sem espinhos.
Os homens, de modo semelhante, tem um tesouro de possibilidades desconhecidas e inexploradas tão grande quanto as plantas. Dirigir as forças de nossa natureza, selecionar cautelosamente cada pensamento e cada ação, apegar-se apenas ao bem e descartar o que é indigno, como fez Burbank ao selecionar suas plantas, faz com que fiquemos capacitados a desenvolver nossa natureza com mais beleza, mais utilidade, maior serviço em benefício da humanidade.. Isso se realiza mediante trabalho, estudo e experimentação, e, sobretudo, pela observação, compreensão e aplicação das leis da natureza.
Já foi dito que há um sermão nas pedras. Há também uma história nas flores.. uma linguagem das flores... uma terapia através das flores.. nas flores reside o "doce mistério da vida"
Em botânica, uma flor pode ser apenas uma planta, a florescência de uma planta ou o meio de sua germinação.. (as flores alojam o óvulo e/ou o pólen.
Para os místicos as flores narram contos..
Os contos que as flores narram são aqueles que foram primordialmente concebido pelo homem. Esses contos vieram refletir os mais profundos pensamentos, os mais sublimes sentimentos e os mais transcendentais ideais.
O agradável perfume das flores nos induz a um estado harmonioso de enlevo, satisfação e paz. Daí tornarem-se as flores, o ideal físico do sentido do olfato, simbolizando sua plena satisfação.
Ressalte-se que a fragrância de uma flor é abstrata. Vale pelo que é si mesma. Não simboliza, portanto, necessariamente, coisas ou eventos especiais, mas sim o estado mental da imperturbabilidade - ausência de irritações.
Paralelamente, sabemos ser a beleza física uma gratificação para o sentido da visão, consistindo naquilo que é percebido com harmonia na perspectiva e na cor. Assim é que nos sentimos imensamente atraídos pelas primaveris flores, em suas vivas tonalidades, matizes e cores.
Diferentemente do olfato, o sentido da visão identifica instantaneamente as flores com outras formas e experiências concretas: a cor do mar, o calor do sol do meio-dia, a palidez da morte, o rosáceo do sangue... da... vida.
A coloração e o cheiro das flores, muito cedo, atraíram a admiração do homem e o levaram a um intimo exame das mesmas. A simetria de suas formas, bem como suas estruturas geométricas, sugeriram ordem.
Para nós seres humanos, aquilo que se apresenta numa combinação facilmente compreensível e numa
ordem regular é um exemplo de inteligência. A variada estrutura das flores, sua cor, a fragrância e as
circunstâncias de seu crescimento - O FLORESCER - serviram para objetivar ou retratar na forma, os conceitos abstratos, espirituais ou místicos. do ser humano. Tornam-se, então as flores, símbolos das verdades morais de uma consciência humana em contínua evolução.
Faz importante, neste ponto, lembrar que a plena gratificação de nossos sentidos físicos não se realiza nas fontes de nossos estímulos(nesse caso na flor) e sim nas próprias sensações. Em última análise, não é a flor de formas e cores harmoniosas e agradáveis fragrâncias, mas sim a própria experiência extática que buscamos.
Intuitivamente, apercebemo-nos que é a flor - não a raiz, o caule ou as folhas - e sim a flor, o momento em que um Reino inteiro alcança sua plenitude, ou seja se eleva ao nível espiritual.
Dessa forma, sendo a flor o locus de integração entre padrões vibratórios distintos, o florescer do reino vegetal, traz o influxo de energia essencial à regeneração, renovação, e renascer dos demais Reinos.
Logo, depreende-se que a flor é a forma e o meio através do qual o vegetal se relaciona com o PAI,
traduzindo em suas pétalas uma informação divina.
Provavelmente por isso, a rosa, por exemplo, tenha se tornado, na Idade Média, símbolo do silêncio, por encerrar dentro de suas pétalas a fonte de sua fragrância e alguns de seus mais belos matizes, mostrando assim que o SAGRADO, as virtudes e as nobres intenções devem ser cautelosamente protegidas.
Concebo a flor como uma arquitetura angelical, um elo entre os planos material e imaterial, visível e invisível, terreno e celestial e, penso eu, é assim que doravante, devemos olhar para o reino das flores.....renascer nEle e para Ele.... florescer em uníssono com Ele...., enfim,
FLORESCER É SER ' UM ROSEIRAL EM FLOR.
Cristina Maria Pompeu Pumar
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
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