RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


sábado, 26 de setembro de 2009

DIA DE FEIRA

Acordei cedo, gosto de chegar com ela "acordando" para curtir o movimento dos feirantes arrumando seus tabuleiros de frutas diversas, com cores iguais ás dos nossos chakras: vermelho das maçãs e acerolas, laranja das tangerinas, amarelo das bananas, melões e maracujás, verde das uvas, dos pepinos, das folhas, rosa das rosas, gérberas, azul da harmonia e espressão de todas elas.
Muita gente acha a feira suja e fedorenta, eu concordo, por isso não ando pelas vielas onde são exibidos animais e vísceras, prefiro as vielas onde predominam os odores de temperos, das frutas e ervas.
Observo que não importa que não nos conheçam, somos tratados por freguesa. Na banca onde compro alface, brócolis, salsão etc o freguês me recebe com: "bom dia freguesa.. é só alegria.." e alegria que vou caminhando, exercitando a bem aventurança e prosperidade, o repartir. Não centro num só lugar vou distribuindo o dinheiro: um pouco para cenouras, cebola, alho; outro para o inhame, batata doce, aimpim; um pouco para folhas e temperos; tem as flores, a freguesa do beiju e pamonha, num movimento de dar e receber. Nesse gesto está o agradecimento pelo recebimento fruto do meu trabalho que realizo com alegria, dedicação é um ciclo que nunca pára, ao contrário, cada vez mais se expande.
Parei na barraca do freguês onde compro as ervas quando vou fazer limpeza energética nas casas, para conversar um pouco. Apareceu um senhora, perguntando se ele tinha chicória pois ela queria fazer um xarope para neta que estava tossindo muito. Ele não tinha, então lembrei da loja que existe no comércio e que vende todo tipo de erva no entanto não sabia o telefone. O freguês gritou para o rapaz da barraca em frente se ele ainda tinha o telefone da loja; o rapaz abriu uma gaveta e em meio a tanto papel e outras coisas, achou o telefone que foi passado a senhora que agradecida se retirou.
Hora de ir embora. O restante das frutas vou comprar onde moro, na mão de outro freguês antigo, que é de uma simplicidade e honestidade, incapaz de vender algo que não esteja bom. Convivendo com uma pessoa assim quem precisa de mestre ou guru.
Bom dia, freguês. Boa noite freguês.

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