RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


domingo, 22 de novembro de 2009

DEIXA A VIDA ME LEVAR...

Falando ou cantando a frase acima até, que não é difícil. Viver na prática em todos os níveis pode ser complicado. O espiritual sopra através do Divino: Confie.. o mental: precisa pensar bem.... o emocional: cuidado, para que mudar? o físico expressa expressa toda essa confusão.
Deixar a vida levar significa usar da sabedoria para administrar com responsabilidade, consciência, se reconhecendo parte de toda a criação do Universo, afinal somos partículas dessa criação.
A compreensão do significa viver a fluidez sem sair da realidade, chegou com a aula de arte. O professor Leonardo sugeriu que desse uma parada no desenho, para mexer um pouco com universo das cores. A técnica escolhida foi a aquarela; tinta, água, seguir o movimento de forma fluida, permitir que na mistura da água e a cor, surgisse um novo movimento.
De início, o julgamento será que saberei usar da suavidade? acho que tenho um traço forte, e se sair borrado? bem, fui tentando, aos poucos me soltando, sem querer antecipar os resultados. Aproveitando que tenho algumas tintas, pincéis, vou brincar de aquarelar.
Pretendo olhar a vida dessa pespectiva, misturar os tons e deles extrair o que for melhor para o momento, o que me fizer feliz.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO

Lembrando do texto de Yves Leloup, estou vivendo dias nesse aprendizado em que fala o texto.
AÇAO: Carta do tarô, possibilidades de mudar de residência, enfim tudo desmoronando ainda que sem desespero.
CONTEMPLAÇÃO: Fazer o curso de Reiki Xamânico. Não é um curso de um dia, que irá trazer à consciência toda uma memória da tradição indígena passada oralmente.
Segundo a tradição, todos nós temos um animal de poder. Foi mobilizada acredito, pelo meu animal, porque venho sonhando faz algum tempo, sinto sua presença nas meditações. Compreendi que chegou o momento de estudar sobre o assunto, aguardando o que irá ser revelado. (hora de perambular pelas livrarias e sebos).
AÇÃO: Com a venda da casa do meu pai, foi necessário fazer mudanças. Antes tinha acesso a minha casa, entrando pela lateral da casa dele, agora terei que fazer uma passagem no terreno, mudar a entrada da minha casa, instalar medidor de água, contado de energia, enfim seguir meu próprio caminho. Aproveitei a oportunidade de tanto movimento para arrumar os livros, jogar papéis fora, ficar pronta para mudanças. Minha casa virou uma "torre"
CONTEMPLAÇÃO: Assistir ao por do sol sentada no batente da porta da cozinha, observando uma família de passarinhos que mora no pé de pitanga, até chegar o momento de nova ação.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CAMINHOS DA REALIZAÇÃO

... Maria está sentada aos pés de Jesus e, durante este tempo, Marta arruma a casa e prepara o almoço. Marta se irrita um pouco: "Vejo minha irmã sentada a teus pés enquanto eu trabalho". Podemos compreendê-la. Enquanto uma prepara a mesa para Jesus, a outra está lá, imóvel, sem nada fazer. Vocês conhecem a resposta de Jesus: "Marta,Marta..tu te inquietas, tu te preocupas com muitas coisas. Uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta melhor parta não lhe será tirada."
Se olharmos o texto mais de perto, nos damos conta de que Jesus não censura Marta por trabalhar. Ele não censura sua avaliação. O que ele censura é a sua inquietação, a sua preocupação. E este é, também, um grande ensinamento para nós.
Porque algumas vezes tomamos por ações verdadeiras o nosso nervosismo, as nossas inquietações, as nossas preocupações.
E, algumas vezes, é a preocupação que nos impede de agir. O que Jesus censura em Marta é, sobretudo, o seu estrabismo. Dois olhos, que olham cada um para uma direção.
"Uma única coisa é necessária." uando comparamos, passamos ao largo de único necessário. A comparação faz com que nós não percebamos o único necessário. A "melhor parte" não é somente a contemplação, não é ver Jesus. A melhor parte é olhar em direção a ele, é termos o desejo orientado para o Ser.
E se nosso desejos é orientado para o Ser, nós podemos ter momentos de contemplação e momentos de ação. Não é necessário opor um ao outro.
Ser humano é ser capaz de ação e ser capaz de contemplação. Mas o único necessário nesta ação ou nesta contemplação, no trabalho ou no repouso, é amar o Ser. Assim não se trata de comparar, na vida, as ações de uns e de outros. O importante é que sejamos sinceros, que cada um de nós seja autêntico, porque cada um de nós tem a sua maneira particular de amar. Pode-se amaz cozinhando ou pode-se amar rezando no segredo do seu quarto. Não se pode dizer que haja maior amor na oração do que cozinhar com um coração generoso.
Marta representa um lado de nós, que calcula, que mede e compara. Trata-se de reencontrar Marta em união com Maria. Marta e Maria são como os dois olhos de um olhar. Os dois olhando em direção ao Único. Trata-se de unir em nós, Marta e Maria, a contemplação e ação, o silêncio e a palavra.
Orientando o desejo dos dois em direção ao Um. E não comparar....)
JEAN-YVES LELOUP

sábado, 7 de novembro de 2009

AINDA DESCONSTRUINDO

Uma semana de grandes aprendizados, o tema ainda é o mesmo "desconstrução".
Sei da existência do tarô de Marselha no entanto não o possuo e nem sei jogar.De vez em quando nesses momentos de aprendizagem, "aparece" uma carta do referido tarô. Dessa vez após a meditação, foi mostrada a carta a Torre da Destruição: O Golpe da Libertação. Procurei um livro antigo que tenho chamado Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica, cheguei na página da referida carta, comecei a ler para saber se haviarelação com o meu atual momento. Só rindo.
A figura mostra a torre com uma coroa sendo derrubada por uma pluma e as figuras de dois homens caindo; fiquei observando que a queda não é desesperadora, existe um movimento suave, existe até grama verde para amortecer a queda.
Li o texto, passei a refletir.
Após o falecimento do meu pai meus irmãos resolveram vender a casa que ele morava, e como a casa que moro fica no fundo, "desejei" também vendê-la. Não é que o universo conspirou? apareceu uma pessoa interessada em comprar as duas, segundo ela para a familia. Fiquei sem ação. Muitos pensamentos passaram pela minha cabeça: Será que o dinheiro da venda vai dar para comprar outra? Aonde morar?
Comecei a fazer uma retrospectiva desses 13 anos morando nesta casa que retornei a morar após o término do meu casamento. O sentimento que me moveu na época foi o medo. Sózinha com uma filha para criar pensei que não daria conta para mante-la e a uma casa. Também havia histórias inacabadas do relacionamento com meu pai que precisava de novas leituras e compreensão, considero esse tempo necessário para o amadurecimento, consciência, fortalecimento para novos desafios (parece que chegou a hora)
Podemos construir torres, ficarmos enclusurados nas formas pensamentos, olhando a vida passar (... podemos fazer uma idéia de quão escura e isolada deve ter sido a vida dos dois habitantes da torre, elevados acima da terra da natureza, separados dos semelhantes e barricados contra os deuses. Hão de ter vivido como prisioneiros. Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa. Nesses casos, os Deuses devem achar um modo de entrar à força se necessáro. Pois como afirma o dito antigo"Vocatus atque non vocatus,deus aderit"(chamado e não chamado, Deus estará ali).
A torre pode simbolizar qualquer construção seja ela de ordem mental, política, religiosa ou psicológica, tornando a rigidez em tijolos que aprisionam algumas vezes de forma permanente.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O CAMINHAR NÃO PARA

Começa com um arrepio que sobe pela coluna, eriçando os cabelos da nuca, uma emoção que toma meu corpo num movimento que não sei explicar, como no instinto animal sinto no" ar" o movimento da mudança/transformação.Mudanças que não tomo mais como surpresa, porque elas acontecem independente da nossa vontade a diferença é que agora de forma consciente, sem resistencia experimentando descer com a correnteza.
Não dá para ficar alheia aos "sinais". Dessa vez começou na aula de desenho, a palavra chave veio através de Leonardo: "desconstruir", tamanho é diferente de proporção isso falando da forma de desenhar então amplio a informação saindo da lógica trago para minha vida em todos os níveis do físico ao espiritual.
Desconstruir crenças que foram importantes para minha formação, que norteou minhas atitudes e sentimentos mas que agora estabelecias as diferenças e a consciência, passo a ser dona do meu destino, farol e luz.
Gosto de comprar livros que não leio de imediato, aguardando o momento que chamo do "chamado". O livro da vez é de Jean Yves Leloup - Caminho da Realização - Dos Medos do eu ao mergulho no Ser. Abri-o folheando aleatoriamente,me deparei com o título a Samaritana - estudo do arquétipo baseado do texto do evangelho São João, mais numa abordagem psicológica e humanista que tão bem Ives saber fazer.
A história contada na Biblia fala do encontro de Jesus com a mulher Samaritana na fonte, o que representa a busca de todos nós buscadores da verdade. (.. O que é que pode, verdadeiramente, acalmar nosso desejo, De que, realmente, temos sede?O que este cântaro de onde pode jorrar a Água Viva?..)
Conheço a história, mais a leitura feita por Ives ganha uma amplitude em clareza, sensibilidade,reconhecendo que vivo nesse momento as questões explicitas no texto.
(... Temos, então um primeiro ensinamento sobre um caminho iniciático: Não somos nós que procuramos Deus, que procuramos a verdade. É Deus, é a verdade que nos procuram. É a Vida que nos procura. É a vida que busca dar-se a nós, através de nós. Através do poço que somos. Vocês sabem que o poço é o símbolo do coração. Coração profundo no qual é preciso mergulhar, do qual é preciso tirar a água, procurar a fonte do nosso ser...).
É um texto para ler meditar e levar para as ações do cotidiano. Sou a Samaritana, sou a chamada a "fonte" para no silêncio do meu coração aguardar aquele que com seu infinito amor saciará minha sede. Eu tenho muita sede.
KODOISH, KODOISH,KODOISH, ADONAI TSEBAYOTH.