RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

O CAMINHAR NÃO PARA

Começa com um arrepio que sobe pela coluna, eriçando os cabelos da nuca, uma emoção que toma meu corpo num movimento que não sei explicar, como no instinto animal sinto no" ar" o movimento da mudança/transformação.Mudanças que não tomo mais como surpresa, porque elas acontecem independente da nossa vontade a diferença é que agora de forma consciente, sem resistencia experimentando descer com a correnteza.
Não dá para ficar alheia aos "sinais". Dessa vez começou na aula de desenho, a palavra chave veio através de Leonardo: "desconstruir", tamanho é diferente de proporção isso falando da forma de desenhar então amplio a informação saindo da lógica trago para minha vida em todos os níveis do físico ao espiritual.
Desconstruir crenças que foram importantes para minha formação, que norteou minhas atitudes e sentimentos mas que agora estabelecias as diferenças e a consciência, passo a ser dona do meu destino, farol e luz.
Gosto de comprar livros que não leio de imediato, aguardando o momento que chamo do "chamado". O livro da vez é de Jean Yves Leloup - Caminho da Realização - Dos Medos do eu ao mergulho no Ser. Abri-o folheando aleatoriamente,me deparei com o título a Samaritana - estudo do arquétipo baseado do texto do evangelho São João, mais numa abordagem psicológica e humanista que tão bem Ives saber fazer.
A história contada na Biblia fala do encontro de Jesus com a mulher Samaritana na fonte, o que representa a busca de todos nós buscadores da verdade. (.. O que é que pode, verdadeiramente, acalmar nosso desejo, De que, realmente, temos sede?O que este cântaro de onde pode jorrar a Água Viva?..)
Conheço a história, mais a leitura feita por Ives ganha uma amplitude em clareza, sensibilidade,reconhecendo que vivo nesse momento as questões explicitas no texto.
(... Temos, então um primeiro ensinamento sobre um caminho iniciático: Não somos nós que procuramos Deus, que procuramos a verdade. É Deus, é a verdade que nos procuram. É a Vida que nos procura. É a vida que busca dar-se a nós, através de nós. Através do poço que somos. Vocês sabem que o poço é o símbolo do coração. Coração profundo no qual é preciso mergulhar, do qual é preciso tirar a água, procurar a fonte do nosso ser...).
É um texto para ler meditar e levar para as ações do cotidiano. Sou a Samaritana, sou a chamada a "fonte" para no silêncio do meu coração aguardar aquele que com seu infinito amor saciará minha sede. Eu tenho muita sede.
KODOISH, KODOISH,KODOISH, ADONAI TSEBAYOTH.

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