Uma semana de grandes aprendizados, o tema ainda é o mesmo "desconstrução".
Sei da existência do tarô de Marselha no entanto não o possuo e nem sei jogar.De vez em quando nesses momentos de aprendizagem, "aparece" uma carta do referido tarô. Dessa vez após a meditação, foi mostrada a carta a Torre da Destruição: O Golpe da Libertação. Procurei um livro antigo que tenho chamado Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica, cheguei na página da referida carta, comecei a ler para saber se haviarelação com o meu atual momento. Só rindo.
A figura mostra a torre com uma coroa sendo derrubada por uma pluma e as figuras de dois homens caindo; fiquei observando que a queda não é desesperadora, existe um movimento suave, existe até grama verde para amortecer a queda.
Li o texto, passei a refletir.
Após o falecimento do meu pai meus irmãos resolveram vender a casa que ele morava, e como a casa que moro fica no fundo, "desejei" também vendê-la. Não é que o universo conspirou? apareceu uma pessoa interessada em comprar as duas, segundo ela para a familia. Fiquei sem ação. Muitos pensamentos passaram pela minha cabeça: Será que o dinheiro da venda vai dar para comprar outra? Aonde morar?
Comecei a fazer uma retrospectiva desses 13 anos morando nesta casa que retornei a morar após o término do meu casamento. O sentimento que me moveu na época foi o medo. Sózinha com uma filha para criar pensei que não daria conta para mante-la e a uma casa. Também havia histórias inacabadas do relacionamento com meu pai que precisava de novas leituras e compreensão, considero esse tempo necessário para o amadurecimento, consciência, fortalecimento para novos desafios (parece que chegou a hora)
Podemos construir torres, ficarmos enclusurados nas formas pensamentos, olhando a vida passar (... podemos fazer uma idéia de quão escura e isolada deve ter sido a vida dos dois habitantes da torre, elevados acima da terra da natureza, separados dos semelhantes e barricados contra os deuses. Hão de ter vivido como prisioneiros. Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa. Nesses casos, os Deuses devem achar um modo de entrar à força se necessáro. Pois como afirma o dito antigo"Vocatus atque non vocatus,deus aderit"(chamado e não chamado, Deus estará ali).
A torre pode simbolizar qualquer construção seja ela de ordem mental, política, religiosa ou psicológica, tornando a rigidez em tijolos que aprisionam algumas vezes de forma permanente.
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
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