RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


terça-feira, 29 de maio de 2012

TRANSCENDER O SOFRIMENTO POR MEIO DO DESAPEGO

Exatamente por causa desse silencioso e contínuo ímpeto evolutivo, que age sem o percebermos, mais cedo ou mais tarde irá se manifestar a necessidade do desapego, sob a forma de um acontecimento externo ou de uma provação dolorosa que nos forçará à renúncia e à superação, ou sob a forma de uma tomada de consciência, de um amadurecimento interior que nos fará compreender como é errado e ilusório o nosso apego.
Essas duas formas de desapego representam duas experiências bem diferentes entre si. A primeira, que poderia ser definida como "desapego involuntário", inicialmente produz efeitos negativos, tais como a rebelião, a amargura, o sofrimento estéril. A segunda, constituída de um "desapego voluntário consciente", é sempre evolutiva e produz uma superação e a ampliação da consciência.
Na realidade, essas duas formas de desapego se apresentam em dois diferentes níveis evolutivos durante o longo caminho do homem rumo à auto-realização espiritual e constituem experiências pelas quais ele tem de passar sucessivamente. Quando ele tiver alcançado o verdadeiro e total desapego, haverá um estado de consciência especifíco, desprovido de qualquer toque de sofrimento, de qualquer sensação de perda e renúncia; em vez disso, haverá o estado pleno de um sentimento de conquista, de liberdade e de alegria, pois é produzido pela expansão e realização interiores.
..... A maioria da humanidade sofre porque, a cada giro da espiral evolucionária, está sujeita a essa necessidade de abandonar o "menos" pelo "mais", de renunciar a algo inferior por algo superior.
... Nós não queremos mudar, não queremos crescer, não queremos abandonar aquilo que realizamos. Iludimo-nos, achando que tudo o que construimos durará por toda a eternidade, e desperdiçamos nosso tempo e energia para torná-lo estável e permanente.
Continua...

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