Eternas dualidades: desejo de amar, medo de sofrer, desejo de confiar, medo da decepção... assim somos nós seres vivendo numa balança sem encontrar o ponto de equilíbrio.
Como cheguei a essa compreensão? aquietando a mente, assumindo a postura do EU Observador, presente com todos os sentidos, principalmente "ouvindo" os sons do mundo que acaba por reverberá nas minhas emoções e sentimentos assim como no meu trabalho atendendo pessoas o que contribui para o não julgamento.
A dualidade do morrer e viver ficou claro quando em visita a uma senhora muito doente parente de uma amiga, comecei a perceber o quão forte essa dualidade "está" presente em vários níveis da humanidade.
A cada visita presto atenção a sua necessidade de falar, (ou desabafar?) do que achava o que era viver e que no entanto foi "morrendo" aos poucos; da escolha do seu amor que sentia ser eterno mais que por medo de ir contra a ´família aceitou casar com outra pessoa, no entanto nunca esqueceu o antigo amor, o que resultou em mágoas, ressentimentos que foram ficando guardados até porque havia uma familia para cuidar, o "sacrificio" em favor dos filhos, a abdicação dos seus sonhos foram ficando confinados no seu corpo que acabou se transformando em doenças.
No inconsciente coletivo o "morrer" sempre fizeram parte das nossas expressões: "estou morta de raiva, estou morto de fome, estou morto de sede, viver dessa maneira é melhor morrer, quando eu estava com fulano eu não vivia, vegetava..." afirmações que vão sendo plasmadas nosso mental daí agindo no nosso corpo emocional aumentando cada vez o círculo de dor e sofrimento.
Como estabelecermos o nosso "viver" agora com consciência e responsabilidade, cuidando do espírito "deixaremos" a encarnação sem tanta dor e sofrimento.
Vou continuar as visitas porque o aprendizado é mutuo.
O despertar da consciência pode nos chegar num "clique" basta estarmos com os sentidos ampliados.
Tenho medo de morrer mais não é algo que vou lidar agora. Por enquanto é pensar em viver.
RHEBECKA SOUZA
Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.
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