RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


domingo, 25 de maio de 2014

QUALIDADES DO AUTORREALIZADO

Disse Arjuna;
"O Keshava (Krishna), quais são as características do sábio que tem a sabedoria perenemente tranquila e que está mergulhado em Samadhi?(êxtase)? como fala, senta-se e caminha esse homem de sabedoria inaterável?
O Senhor Bem-aventurado respondeu;
Ó Partha (Arjuna), quando um homem abandona por completo todos os desejos da mente e, por meio do Eu, contenta-se inteiramente no Eu, considera-se que ele é alguém estabelecido em sabedoria!
Aquele cuja consciência não é abalada pela angústia nas aflições nem pelo apego à felicidade nas circunstancias favoráveis, aquele que está livre dos amores mundanos, dos temores e das iras, a esse chama-se um muni de firme discernimento.
Aquele que em toda parte é desapegado - nem jubilosamente excitado ao encontrar o bem, nem perturbado pelo mal-, esse tem sabedoria estabelecida.
Quando o iogue, tal qual a tartaruga ao recolher seus membros, pode retirar totalmente os sentidos dos objetos de percepção, sua sabedoria manifesta a invariabilidade.
O homem que se abstém fisicamente dos objetos dos sentidos descobre que esses objetos sensórios se afastam por algum tempo, deixando apenas o desejo por eles. Mas aquele que contempla o Supremo liberta-se até mesmo dos anseios.
Ó filho de Kunti (Arjuna), os sentidos, excitáveis e ansiosos, forçosamente acabam por apoderar-se da consciência daquele que tem elevado grau de iluminação e que está se empenhando (na libertação).
Aquele que une a Mim seu espírito, tendo subjugado todos os sentidos, permanece concentrado em MIm como o Supremamente Desejável. Torna-se invariável a sabedoria intuitiva do iogue que mantém os sentidos sob controle.
Fixar-se nos objetos dos sentidos produz apego a eles. O apego cria o anseio: o anseio cria a ira. A ira cria a ilusão: a ilusão cria a perda da memória (do Eu). A perda da memória correta produz a degeneração da faculdade do discernimento. À degeneração do discernimento segue-se a aniquilação (da vida espiritual).
O homem que tem autocontrole, mantendo subjugados os sentidos enquanto passeia por entre os objetos materiais, desprovido de atrações e repulsas, alcança inabalável tranquilidade interior.
Na bem-aventurança da alma, todo sofrimento é aniquilado. Sem dúvida, o discernimento do homem bem-aventurado logo se torna firmemente estabelecido (no Eu).
Ao que não está unido (que não está estabelecido no Eu), não pertence a sabedoria: tampouco tem ele a meditação. Para o que não medita, não há serenidade. Como viria a felicidade ao que não tem paz?
Assim como um vendaval desvia um barco de seu curso sobre as águas, também o discernimento da pessoa é desviado do caminho que deveria seguir quando a mente sucumbe aos sentidos errantes.
Ó tu de Braços Poderosos (Arjuna) tem a sabedoria bem estabelecida aquele cuja faculdades sensoriais estão inteiramente subjugadas no que se refere aos objetos dos sentidos.
Aquilo que é noite (de adormecimento) para todas as criaturas é (luminosa) vigília para o homem de autodomínio. E o que é vigília para o homem comum, isso é noite (um tempo adequado a estar adormecido) para o sábio de percepção divina.
Pleno de contentamento é aquele que em seu interior absorve todos os desejos - tal qual o oceano repleto, que continua inamovível (inalterado) pelas águas que nele se derramam-, não aquele que arde em desejos.
Experimenta a paz a pessoa que, abandonando todos os desejos, leva a existência sem anseios e sem identificar com o ego mortal e seu sentido de posse.
Ó Partha (Arjuna), isso é estar "estabelecido em Brahman"! Qualquer pessoa que entre nesse estado nunca será iludida (de novo). Até no próprio momento da transição (do físico para o astral), se a pessoa nele se ancorar, alcançará o estado final e irrevogável de comunhão com o Espírito.
A Yoga do Bhagavadgita - Paramahansa Yogananda

terça-feira, 20 de maio de 2014

TER E NÃO TER - FALTA

"Todos sabemos como é desejar alguma coisa que não temos.
Seja jeans caríssimos, um par romântico ou o dinheiro do aluguel; pode ser também uma atitude, um carro ou uma poupança no banco.
Isso faz parte da vida: nas melhores épocas, temos um fluxo contínuo de dinheiro, companheiros e as mais variadas experiências. No entanto, muitos de nós passamos um bom tempo desejando o que não temos, em uma situação de carência que parece não acabar nunca. Vemo-nos constantemente na situação de não ter o que precisamos ou não ter o que desejamos. Sentir-se desse modo esgota toda nossa energia. É também uma situação que autoperpetua, porque a maneira pela qual nos vemos determina o que podemos criar para nós mesmos.
Tal como sentimos profundamente as influências, é assim que percebemos nossa realidade. Quando acreditamos que estamos carentes, olhamos em volta e só vemos o que está faltando. E, ao contrário, se sentimos que há abundância, podemos olhar para a mesma situação e enxergar um quadro muito diferente, cheio de bênçãos e privilégios.
Quanto mais percebemos as bênçãos, mais abundantes nos sentimos e mais bênçãos atraímos. Da mesma forma, se só percebemos a falta, a tendência é criarmos e atrairmos essa energia.
Se você percebe que vive permanentemente achando que não "tem o bastante", isso talvez se deva a uma crença arraigada oriunda da infância ou de uma vida passada. Talvez o motivo seja o fato de você não estar conectado à sua divindade interna, que é a fonte da abundância. Seja lá como for, saiba que sua noção de falta é uma percepção errônea, que pode ser corrigida com esforço e percepção.
Basta reservar 10 ou 15 minutos para acalmar sua mente e imaginar-se em um estado de plenitude infinita, lidando de forma hábil com as necessidades financeiras e com as outras pessoas que fazem parte da sua vida, atraindo bens de uma fonte infinita de recursos. Fique sabendo que é seu direito nato ser apoiado em suas necessidades e desejos."
Madisyn Taylor

domingo, 18 de maio de 2014

FLORESCER

" Pessoas e plantas são muito parecidas.
Luther Burbank, o "Mago das Plantas" trouxe à vida muitas possibilidades latentes no mundo das plantas. Seus experimentos e realizações com as flores, por exemplo, foram notáveis. Ele fez o copo-de-leite branco desenvolver um perfume que combinasse com sua beleza rígida como cera; fez a dália ficar cheirosa; ensinou a uma pequena margarida a aumentar seu diâmetro para vinte e um centímetros... treinou rosas para deixarem de lado suas armas de defesa e crescerem sem espinhos.
Os homens, de modo semelhante, tem um tesouro de possibilidades desconhecidas e inexploradas tão grande quanto as plantas. Dirigir as forças de nossa natureza, selecionar cautelosamente cada pensamento e cada ação, apegar-se apenas ao bem e descartar o que é indigno, como fez Burbank ao selecionar suas plantas, faz com que fiquemos capacitados a desenvolver nossa natureza com mais beleza, mais utilidade, maior serviço em benefício da humanidade.. Isso se realiza mediante trabalho, estudo e experimentação, e, sobretudo, pela observação, compreensão e aplicação das leis da natureza.
Já foi dito que há um sermão nas pedras. Há também uma história nas flores.. uma linguagem das flores... uma terapia através das flores.. nas flores reside o "doce mistério da vida"
Em botânica, uma flor pode ser apenas uma planta, a florescência de uma planta ou o meio de sua germinação.. (as flores alojam o óvulo e/ou o pólen.
Para os místicos as flores narram contos..
Os contos que as flores narram são aqueles que foram primordialmente concebido pelo  homem. Esses contos vieram refletir os mais profundos pensamentos, os mais sublimes sentimentos e os mais transcendentais ideais.

O agradável perfume das flores nos induz a um estado harmonioso de enlevo, satisfação e paz. Daí tornarem-se as flores, o ideal físico do sentido do olfato, simbolizando sua plena satisfação.
Ressalte-se que a fragrância de uma flor é abstrata. Vale pelo que é si mesma. Não simboliza, portanto, necessariamente, coisas ou eventos especiais, mas sim o estado mental da imperturbabilidade - ausência de irritações.
Paralelamente, sabemos ser a beleza física uma gratificação para o sentido da visão, consistindo naquilo que é percebido com harmonia na perspectiva e na cor. Assim é que nos sentimos imensamente atraídos pelas primaveris flores, em suas vivas tonalidades, matizes e cores.
 Diferentemente do olfato, o sentido da visão identifica instantaneamente as flores com outras formas e experiências concretas: a cor do mar, o calor do sol do meio-dia, a palidez da morte, o rosáceo do sangue... da... vida.
A coloração e o cheiro das flores, muito cedo, atraíram a admiração do homem e o levaram a um intimo exame das mesmas. A simetria de suas formas, bem como suas estruturas geométricas, sugeriram ordem.
Para nós seres humanos, aquilo que se apresenta numa combinação facilmente compreensível e numa
ordem regular é um exemplo de inteligência. A variada estrutura das flores, sua cor, a fragrância e as
circunstâncias de seu crescimento - O FLORESCER - serviram para objetivar ou retratar na forma, os conceitos abstratos, espirituais ou místicos. do ser humano. Tornam-se, então as flores, símbolos das verdades morais de uma consciência humana em contínua evolução.
 Faz importante, neste ponto, lembrar que a plena gratificação de nossos sentidos físicos não se  realiza nas fontes de nossos estímulos(nesse caso na flor) e sim nas próprias sensações. Em última análise, não é a flor de formas e cores harmoniosas e agradáveis fragrâncias, mas sim a própria experiência extática que buscamos.       
Intuitivamente, apercebemo-nos que é a flor - não a raiz, o caule ou as folhas - e sim a flor, o momento em que um Reino inteiro alcança sua plenitude, ou seja se eleva ao nível espiritual.
Dessa forma, sendo a flor o locus de integração entre padrões vibratórios distintos, o florescer do reino vegetal, traz o influxo de energia essencial à regeneração, renovação, e renascer dos demais Reinos.
Logo, depreende-se que a flor é a forma e o meio através do qual o vegetal se relaciona com o PAI,
traduzindo em suas pétalas uma informação divina.
Provavelmente por isso, a rosa, por exemplo, tenha se tornado, na Idade Média, símbolo do silêncio, por encerrar dentro de suas pétalas a fonte de sua fragrância e alguns de seus mais belos matizes, mostrando assim que o SAGRADO, as virtudes e as nobres intenções devem ser cautelosamente protegidas.
Concebo a flor como uma arquitetura angelical, um elo entre os planos material e imaterial, visível e invisível, terreno e celestial e, penso eu, é assim que doravante, devemos olhar para o reino das  flores.....renascer nEle e para Ele.... florescer em uníssono com Ele...., enfim,
FLORESCER É SER ' UM ROSEIRAL EM FLOR.
Cristina Maria Pompeu Pumar















































   



      



             













   













   


















domingo, 11 de maio de 2014

DOAR A SI MESMA - MÃE

"Ao longo da história, as mães sempre foram veneradas, reverenciadas, analisadas, e até mesmo criticada. Cada um de nós foi gerado pelo funcionamento admirável do corpo de uma mulher; cada um de nós tem uma mãe.
Ser mãe, entretanto, é mais do que um conceito biológico. Na Índia, mulheres profundamente maternais, compassivas e sábias são conhecidas pelo título "Santa Mãe". Muitas pessoas que não conheceram suas mães biológicas sentem a presença dessa figura em seus pais adotivos, parentes e amigos. Existem mães humanas, mães espirituais, a Mãe Terra e deusas-mães. O papel da mãe é infinitamente complexo e feito de ternura, compaixão e lealdade inabalável. A mãe representa fertilidade, estabilidade criação e sacrifício.
Nossas mães determinam o que nos tornamos, porque não são apenas doadoras da vida, mas também as pessoas mais influentes em nossos primeiros anos. Até chegarmos à idade de compreender essa influência, as mães nos fornecem as bases de nossa espiritualidade e do nosso sistema de valores. Uma mãe louva as realizações e ignora as pequenas faltas. Ensina seus filhos, protege-os da desgraça e esconde as próprias lágrimas, preferindo sorrir, para que seus filhos e filhas sorriam com ela. É ao mesmo tempo a que compartilha das dores e cura feridas. E toda mãe se doa sabendo que um dia seus filhos haverão de deixa-la.
Por essas e outras razões, a maternidade é uma instituição sagrada, não sujeita a limites estreitos. Não é incomum alguém se dirigir a alguma mulher sábia ou uma avó em busca de conselhos maternos, pois toda mulher "aprende" por si mesma a ser mãe, mesmo que não tenha filhos. Um outro modo de encontrar uma mãe é ver como fonte de nutrição a Mãe Terra, que nos dá tanto e exige em troca tão pouco. A Mãe Terra nos abençoa continuamente com sua abundância, e todos nós nascemos dessa mãe universal e, um dia, a ela retornaremos.
A definição é, inevitavelmente, ampla, porque existem mães de todos os tipos - em parte para tornar mais suaves as arestas da vida para aqueles que amam. Uma mãe evolui sempre, é cada dia mais maternal. Embora alguns possam dizer que mãe é uma mulher que dá a vida com seu ventre e alimenta com seu seio, é importante lembrar que uma mãe - qualquer mãe - é também alguém que dá vida com sua "ternura" e alimenta com seu "amor.
Madusyn Taylor