RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


sábado, 22 de dezembro de 2012

O QUE É UM MILAGRE?

" Podemos defini-lo de várias maneiras: algo que vai contra as leis da natureza, intercessão em momentos de drise profunda, curas e visões, encontros impossíveis, intervenção no momento de enfrentar a Indesejada das Gentes.
Todas essas definições são verdadeiras. Mas o milagre vai além disso: é aquilo que de repente enche nossos corações de Amor. Quando isso acontece, sentimos uma profunda reverência pela graça que Deus nos concedeu.
Portanto, Senhor, o milagre nosso de cada dia nos dai hoje.
Mesmo que não sejamos capazes de notá-lo, porque nossa mente parece estar concentrada em grandes feitos e conquistas. Mesmo que estejamos ocupados demais com nosso cotidiano para saber como o nosso caminho foi alterado por ele.
Que, quando estivermos sós e deprimidos, tenhamos os olhos abertos para a vida que nos cerca: a flor nascendo, as estrelas se movendo nos céus, o canto distante do pássaro ou a voz próxima da criança.
Que possamos entender que existem certas coisas tão importantes que é necessário descobri-las sem a ajuda de ninguém. E que nesse momento não nos sintamos desamparados: estamos sendo acompanhados por Vós e estais pronto a interferir se nosso pé se aproximar perigosamente do abismo.
Que possamos seguir adiante apesar de todo o medo, e aceitar o inexplicável apesar de nossa necessidade de tudo explicar e conhecer.
Que compreendamos que a força do Amor reside em suas contradições. E que o Amor é preservado porque muda, e não porque permanece estável e sem desafios.
E que, cada vez que virmos o humilde ser exaltado e o arrogante ser humilhado, possamos também ver aí o milagre.
Que, quando nossas pernas estiverem cansadas, possamos caminhar com a força que existe em nosso coração. Que, quando nosso coração estiver cansado, possamos mesmo assim seguir adiante com a força da Fé.
Que possamos ver em cada grão de areia do deserto a manifestação do milagre da diferença, e isso nos encorajará a nos aceitarmos como somos. Porque, assim como não existem dois grãos de areia iguais em todo o mundo, tampouco existem dois seres humanos que pensam e agem da mesma maneira.
Que possamos ter humildade na hora de receber e alegria no momento de dar.
Que possamos entender que a sabedoria não está nas respostas que recebemos, mas no mistério das perguntas que enriquecem nossa vida.
Que jamais fiquemos presos às coisas que julgamos conhecer - porque na verdade pouco sabemos do Destino. Mas que isso nos leve a agir de maneira impecável, utilizando quatro virtudes que devem ser conservadas: ousadia, elegância, amor e amizade.
Senhor, o milagre nosso de cada dia nos dai hoje.
Assim como vários caminhos levam ao topo da montanha, existem muitos caminhos para que possamos atingir nosso objetivo. Que possamos reconhecer o único que merece ser percorrido: aquele onde o Amor se manifesta.
Que antes de despertar o amor nos outros, possamos acordar o Amor que dorme dentro de nós mesmos. Só assim poderemos atrair o afeto, o entusiasmo, o respeito.
Que saibamos distinguir entre as lutas que são nossas, as lutas para as quais estamos sendo empurrados contra a nossa vontade e as lutas que não podemos evitar porque o destino as colocou em nosso caminho.
Que nossos olhos se abram e possamos ver que nunca vivemos dois dias iguais. Cada um trouxe um milagre diferente, que fez com que continuássemos respirando, sonhando e caminhando debaixo do sol.
Que nossos ouvidos também se abram para escutar as palavras certas que surgem de repente da boca de nossos semelhantes - embora não tenhamos pedido nenhum conselho e nenhum deles saiba o que se passa em nossa alma naquele momento.
E que, quando abrirmos a boca, possamos não apenas falar a língua dos homens, mas também  a língua dos anjos, e dizer: " Os milagres não são coisas que ocorrem contra as leis da natureza; nós pensamos dessa maneira porque na verdade não conhecemos as leis da natureza".
E que, no momento em que conseguirmos isso, possamos então abaixar a cabeça em respeito, dizendo: " Eu estava cego e consegui ver. Eu estava mudo e consegui falar. Eu estava surdo e consegui ouvir. Porque as maravilhas de Deus se operaram dentro de mim, e tudo o que eu julgava perdido retornou".
Porque assim operam os milagres.
Eles rasgam os véus e mudam tudo, mas não nos deixam enxergar o que existe além dos véus.
Eles nos fazem escapar ilesos do vale das sombras e da morte, mas não dizem por que caminho nos conduziram até as montanhas de alegria e luz.
Eles abrem portas que estavam fechadas com cadeados impossíveis de romper, mas não usam nenhuma chave.
Eles cercam os sóis com planetas para que não se sintam isolados no Universo e impedem que os planetas se aproximem demais para que não sejam devoradas pelos sóis.
Eles transformam o trigo em pão através do trabalho, a uva em vinho através da paciência e a morte em vida através da ressurreição dos sonhos.
Portanto, Senhor, dai-nos hoje o milagre nosso de cada dia.
E perdoai-nos se não somos capazes de reconhecê-lo sempre.  

sábado, 8 de dezembro de 2012

CONHECIMENTO, SABEDORIA E PAZ

" amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo teu entendimento, e de todas as tuas forças" Talvez essa misteriosa passagem possa ser explicada pela visão que os essênios tinham da relação do homem com o Criador.
Segundo a perspectivas deles, somos uma coisa só com o nosso Pai no céu. "Ao lado do rio, está a sagrada Árvore da Vida. Ali reside o meu Pai, e a minha casa está nele. O Pai Celestial e eu somos Um". Dentro de cada pessoa deste mundo, vive uma centelha divina da criação e do Criador. Essa compreensão, pois, torna-se o grande desafio para o nosso mistério.
Para concentrar a oração, temos de amar o próprio princípio criativo da vida, o nosso Criador, com todo o coração, alma, mente e força. Pois, se somos um com o Pai que está no céu, assim fazendo, amamos a nós mesmos. Por meio desses quatro pontos específicos, sabemos como respeitar o amor que os essênios chamavam de "fonte de todas as coisas". O segredo consiste em que, apenas na presença desse amor pode-se encontrar o tipo de paz que recompensa o trabalho da nossa oração. Essas palavras já foram proferidas. O que significam elas precisamente? O que significa amar dessa maneira? Como podemos amar com todo o coração, alma, mente e força?
O código perdido dos essênios mostra como essa paz pode ser alcançada.
É por meio do corpo, do coração e da mente que vivemos os pensamentos, sentimentos e emoções. Embora tenhamos pouco controle sobre as nossas percepções, é por meio da ligação com essas percepções que podemos escolher a qualidade da nossa experiência. A última parte do código, baseada na lógica e na emoção, talvez seja a peça final da nossa busca pela unificação das nossas orações. "Conhece essa paz com a tua mente, Deseja essa paz com o teu coração, Preenche essa paz com o teu corpo".
Por meio da lógica da mente, temos de saber que a paz é verdadeira.
Temos de prová-lo a nós mesmos, demonstrando a viabilidade da paz em nossa vida e no mundo. Por meio da força do coração, temos então de desejar essa paz em tudo o que vivemos. A paz já existe no mundo. Somos desafiados a procurá-la, encontrá-la até nos lugares onde aparentemente ela não existe. É por meio do corpo que expressamos a nossa mente e o nosso coração. Escolhemos que ações oferecer ao mundo. Essa passagem nos diz para deixarmos que as ações reflitam exteriormente as escolhas já feitas interiormente.
Desse modo, os essênios nos desafiam a criar uma espécie de código de conduta. Embora outros possam escolher ações que neguem a vida, neles mesmos ou nos outros, por meio dessas palavras podemos nos manter num padrão mais elevado. Somos estimulados a criar a paz em todos esses elementos, para chegar ao amor que traz unidade às nossas ações"
Gregg Braden - Livro O Efeito Isaías

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O QUE MAIS SOFREMOS

" Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a magoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação.É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.
Chico Xavier

domingo, 2 de dezembro de 2012

UM DESPERTAR EM NOSSA CONSCIÊNCIA COLETIVA

" Não sabemos com certeza o que realmente ocorrerá amanhã, ainda mais com o que acontecerá por todo planeta nos próximos anos. O que sabemos é como:
. Ler o conteúdo de nosso próprio coração e mente.
. Discernir nos olhos de cada pessoa uma capacidade não diminuída para a compaixão.
. Prestar atenção à nossa persistente capacidade de falar a verdade diante de manipulação sem precedentes.
. Cultivar o perdão daqueles que nos magoaram ou procuraram sufocar nossos sonhos.
Podemos também notar que aqueles que são mais amorosos e conciliadores não tentam forçar sua verdade sobre nós e aprenderam a expressá-la de maneiras que ainda permitam que a verdade dos outros seja ouvida e sentida.
Podemos ver em nossa experiência diária que há, de fato, muitas pessoas que carregam consigo uma magnanimidade e uma energia vital elevada, que convida à tolerância, ao espaço para as diferenças e a uma capacidade de se sentir confortável com a ambiguidade. Quando olhamos bem de perto, encontramos uma história se desenrolando dentro da própria consciência, que está sutilmente tomando forma e transformando nosso mundo de dentro para fora.
Deste lugar interior, como um grande sistema radicular crescendo invisivelmente sob a superfície, você e muitos outros estão tendo uma experiência sensorial poderosa de muito mais amor presente no mundo do que é refletido pela mídia ou instituições dominantes. Você está começando a saber, de um modo experimental, básico, que o amor está no coração da evolução e é a fonte de cura. Amor é uma força evolutiva, porque é o ancestral da criação. Vivemos em um tempo em que muitas pessoas estão descobrindo que o paradigma materialista, com todas suas maravilhosas atrações e distrações, ainda é incapaz de alimentar o mais fundamental anseio humano por apoio e relacionamento. Agora, os assim chamados de pragmáticos e realistas de coração duro, provavelmente estão achando essas noções uma bobagem. Familiarizados com seus argumentos, não temos de discutir com eles.
O fenômeno que estamos discutindo não é um oposto ideológico ao status quo; deve ser entendido mais precisamente como uma aceleração no centro de nosso ser - uma aceleração menos suscetível ao temor da excitação, não condicionada pelas gratificações da vantagem competitiva, mas estimulada pela experiência da totalidade, da unidade e da interconexão. É o que filósofos e teólogos chamam de emergência da consciência não dual.
Em décadas recentes, vem surgindo uma ciência que apoia a força e o poder dessa realidade interna generosa e amorosa. O perdão, ela nos diz, é saudável. A raiva, o ressentimento e o isolamento apertam o coração e criam estresse e depressão. Viveremos mais e mais saudavelmente se tivermos laços profundos com as pessoas amadas. Meditação, serviço altruísta e gratidão são fontes profundas de bem-estar. As atitudes positivas nos ajudam a superar a perda e o trauma. Prosperamos com a afirmação, o reconhecimento e o respeito. Florescemos quando somos apreciados e encorajados. Aprendemos que temos a capacidade de extraordinária inteligência emocional e que nossa capacidade de destampar a fonte da criatividade é enormemente aumentada quando somos apoiados e aceitos e sentimos a presença do amor em nosso coração. A cura ainda é um processo misterioso, mas a evidência sugere que a doença pode, algumas vezes, ser detida, quando a aflição psicológica é superada. Muitos ciclos de abuso podem ser transformados quando liberamos os poderes resilientes do amor e da compaixão e deixamos ir o medo, a culpa, a vergonha, o remorso e a tendência compulsiva para a vingança punitiva.
Embora eu tenha visto níveis dolorosos de crueldade e indiferença, também vi sobreviventes de tortura, opressão e genocídio demonstrarem capacidades luminosas para a reconciliação e a transformação. Vi perpetradores e vítimas perdoarem e reafirmarem sua humanidade em comum.
Vi a natureza indômita do espírito humano testada por tudo o que o ódio patológico pode liberar, contudo elevar-se para encontrar um plano superior.
Esse é o triunfo da realidade sobre a ilusão e o triunfo da razão mais elevada sobre estreito autointeresse. Esse é o caminho que temos adiante."
JAMES O'DEA

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

JUSTIÇA

" Se quereis ser tratados com justiça, usa da justiça para tratar com o próximo, nos negócios, nas relações, com todos os que te cercam.
A justiça pondera, analisa, não estabelece julgamentos. Tem como base o não ferir, mas encontrar soluções que sirvam ao bem comum."
Xangô Sete Estrelas

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ALFABETO EMOCIONAL

"Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos 5 trilhões de células que formam um organismo.
As condutas "S": serenidade, silencio, sabedoria, sabor, sexo, sono, sorriso, promovem secreção de Serotonina.
... enquanto que as condutas "R": ressentimentos, raiva, rancor, reprovação, repressão, resistências, facilitam a secreção de CoRtisol, um hormônio coRRosivo para as células que acelera o envelhecimento.
As condutas "S" geram atitudes "A" animo, amor, apreço, amizade, aproximação.
As condutas "R" pelo contrário geram atitudes "D": depressão, desânimo, desespero, desolação.
Aprendendo este alfabeto emocional, lograremos viver mais tempo e melhor, porque o "sangue ruim" (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde, oportuniza as doenças e acelera o envelhecimento.
O bom humor, pelo contrário, é a chave para a longevidade saudável".
TENHA UMA EXCELENTE VIDA!  PLENA DE SEROTONINA!!!
Texto do Dr. Juan Hitzig - Professor de Biogerontologia

sábado, 24 de novembro de 2012

IMPACIÊNCIA

A impaciência é uma armadilha gerada pelos nossos desejos, egoísmo e medos. Se observassemos melhor a  Criação Divina, agiríamos como as tartarugas: Seres que caminham sem pressa, não se alimentam de porcarias e quando não sabem a direção, recolhem-se dentro de si mesmas e aguarda.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O REINO DE DEUS DENTRO DE VOCÊ

Jesus dirige-se ao homem, o perene aspirante à felicidade permanente e à libertação de todo sofrimento: " O reino de Deus - da Consciência Cósmica eterna, imutável e sempre bem-aventurada - está dentro de vós.
Contemplai vossa alma como reflexo do Espírito imortal e descobrireis vosso Eu abrangendo o império infinito do amor de Deus, de Sua sabedoria e bem-aventurança, presentes em cada partícula da criação
vibratória e no Absoluto Transcendente isento de vibrações."
... " O reino de Deus não surge em resposta a aparências sensoriais; nem podem encontrá-lo aqueles que dizem: "Vede, ele está aqui, ou está em algum lugar, acolá nas nuvens". Em vez disso, concentrai-vos em vosso interior e encontrareis a esfera da consciência divina, oculta por trás de vossa consciência material".
Muitas pessoas pensam no céu como um local físico, um ponto no espaço, bem acima da atmosfera e para além das estrelas. Outras interpretam as afirmações de Jesus acerca da vinda do reino de Deus como referentes ao advento de um messias que viria estabelecer e governar um reinado divino sobre a Terra.
Na verdade, o reino de Deus e o reino dos céus consistem, respectivamente, na imensidão transcendente da Consciência Cósmica e nos reinos celestiais causal e astral da criação vibratória, que são consideravelmente mais sutis e mais harmonizados com a vontade de Deus do que as vibrações físicas agrupadas como planetas, ar e ambiente terreno.
Objetos materiais reconhecidos como sensações de visão, audição, olfato, paladar e tato constituem-se de um jogo de forças que se originam e existem além da capacidade de observação da consciência humana. A origem incipiente de todas as formas e vibrações materiais está na Consciência Cósmica. A matéria é energia física condensada; a energia física é energia astral condensada;  e a energia astral é a condensação da força de pensamento primordial de Deus. Portanto, a Consciência Cósmica está oculta dentro e por trás das camadas da matéria, da energia física, da energia astral e do pensamento ou consciência.
O mesmo que ocorre no macrocosmo se dá no microcosmo do corpo humano: a Consciência Cósmica, caracterizada por alegria sempre nova e imortalidade, é a criadora da consciência humana e, como tal, nela está imanente. A partir da Consciência Cósmica infinita foram concebidas as almas individuais; essas ideações individualizadas do pensamento de Deus revestiram-se de mais duas camadas de manifestação externa, com as forças causais de consciência condensando-se no corpo astral de energia vital luminosa e no corpo mortal de carne e ossos.
Assim, o reino de Deus não está separado do reino da matéria, mas está tanto dentro dele - permeando-o sutilmente como sua energia e sustentáculo - quanto além dele, existindo nas infinitas mansões do Pai para além do circunscrito cosmos físico." Trecho do livro A Yoga de Jesus - Paramanhansa Yogananda

terça-feira, 20 de novembro de 2012

REFLEXÃO

"Estou com sede de mudanças,
Mas não quero arrastar os móveis,
Nem desentortar os quadros.
Quero desabitar meus hábitos."
Marla Queiroz

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PROVÉRBIO

" Aprenda a escutar os outros calmamente, aprenda a escutar você mesmo em silêncio.
Sua força não está na sua riqueza. Sua força não está na sua classe social.
Sua força está em você e na intensidade de sua calma, de seu silencio e de sua paz ao enfrentar as consequências.
Se você não escuta calmamente o seu eu interior é natural que você fique ansioso"
Yogi Bhajan

sábado, 17 de novembro de 2012

UMA ESCOLHA

" Há mudanças básicas acontecendo na vida, e elas estão indo mais longe do que ousamos imaginar. Uma coisa é certa: o mundo, como o conhecemos, está terminando. Nosso drama de ambição e materialismo, nossa crença de que somos os senhores do mundo, que podemos explorá-lo à vontade, criou um pesadelo que está drenando o sangue da vida do planeta. Mas no meio desse sonho agonizante, outro sonho está nascendo, baseadona consciência da unidade, no conhecimento de que somos um ecossistema vivo, uma comunidade global. E dentro desse sonho de unidade estão os sinais de que o mundo está despertando.
Talvez, as profecias de 2012 indiquem essa possibilidade, um momento no tempo cósmico em que, com um jorro de energia, o mundo despertará para sua natureza divina e se livrará dos escombros do materialismo. Aqueles identificados com o sonho agonizante experimentarão isso como um cataclismo, um desastre global. Mas outros poderão reconhecê-lo como aquilo que, sem saber, estiveram esperando; como uma nova Idade de Ouro, na qual poderão retornar à simplicidade e à alegria que pertence à essência da vida, da vida como ele realmente é - um tempo em que não mais terão de se distrair com seus brinquedos e vícios, porque a simples maravilha e alegria de estar vivo os alimentará e às suas almas; quando a canção da alma do mundo será cantada para eles e para toda a criação, e descobrirão que a magia inerente à vida é curadora e benéfica, e que, em sua sabedoria e unidade, o mundo sabe como apoiar a si mesmo e a seus habitantes.
O que importa, porém, é como respondemos ao momento atual; se estamos preparados para estar totalmente vivos nessa época de mudança.
Estamos preparados para ajudar a vida a despertar ou estamos com muito medo do que poderíamos perder, muito presos às sombras de nossas ligações e crenças coletivas? Se formos livres o suficiente para dar as boas-vindas a um futuro que honra a natureza sagrada da vida e seu potencial transformador, descobriremos que temos um papel central a desempenhar. Nossa luz é parte da luz do mundo que desperta para a sua natureza divina.Trabalhando com isso, podemos nos tornar cocriadores da próxima era. Essa é a escolha que nos está sendo oferecida: não esperar pelo futuro, mas ajudá-lo a vir a ser."
Llewellyn Vaughan-Lee, Ph.D. Livro O mistério 2012. Geração editorial  

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ORIGEM

" Todo domingo de manhã, o Criador, conhecido por todos como Deus, é anfitrião de um almoço semanal num lugar no outro mundo, tradicionalmente chamado de paraíso. Os convidados são almas em processo de vir a ser. Para essas almas o almoço de domingo é realmente um acontecimento, pois é nele que as almas decidem voltar à Terra.
Uma alma em processo de vir a ser é a verdadeira essência no centro de cada ser humano. É a chama de divindade que mantém todos conectados a Deus. No tempo divinamente fixado, a alma em processo de vir a ser assume uma missão de vida e concorda em se tornar a viva demonstração da natureza de Deus na forma humana.
Em sua missão de vida, a alma defrontará com um ou mais aprendizados que irão ajudá-la a se tornar mais forte e sábia, mais útil e agradável a Deus. No almoço de domingo, Deus fornece detalhes das missões divinas disponíveis. A alma pode escolher ficar no céu com Deus ou assumir uma vida na Terra.
Todas as almas em processo de vir a ser sabem que é bom completar o aprendizado de uma missão de vida segundo as especificações de Deus. Também sabem que, no momento em que a missão se inicia, os compromissos de aprendizado são esquecidos. A alma deve trabalhar com dedicação para manter sua conexão com Deus, ou corre o sério risco de afundar sob o peso das experiências da missão, o que não é nada positivo. Completar com sucesso um acordo de aprendizado exige habilidades. Adquirir as habilidades exige as ferramentas certas. Então, Deus fornece a cada alma as ferramentas necessárias, na forma de princípios. Usar esses Princípios da maneira correta e na hora certa contribui para o desenvolvimento de uma alma com bom caráter humano e um coração conectado a Deus.
Enquanto as almas aguardam a definição há uma enorme expectativa no ar. Existirá alguma missão que se encaixe em suas habilidades e nas lições a aprender? Cada missão de vida fornece à alma a chance de brilhar no mundo - e todas as almas adoram brilhar. Por essa razão, algumas evoluem por meio da várias missões de vida. Essas são conhecidas como almas evoluídas e ocupam as primeiras posições da fila. Não que Deus tenha favoritos. Nada disso. Deus ama igualmente todas as almas. O fato é que uma alma evoluída aprendeu muito sobre a vida e anseia pela oportunidade de aprender ainda mais. Sabe quanto a vida pode ser um processo prazeroso e que para experimentar a alegria numa missão de vida é preciso aprender e vivenciar a verdade: a verdade de Deus arraigada em cada uma das almas.
Considerando que o tempo não tem significado no plano de Deus, o almoço aos domingos demora quanto for necessário. Nesse período, Deus detalha centenas de milhares de missões de vida: o país no qual a missão começará, a língua que a alma precisará falar,a raça e o gênero a que pertencerá. Os desafios a ser enfrentados também são pormenorizados nesses almoços. Quando uma alma ouve a missão para qual é convocada, uma luz se acende no centro de seu coração. Naquele momento, ela recebe um nome, que é plantado no coração de Deus.
Mais tarde, numa consulta pessoal, a alma em processo de vir a ser é impressa com instruções específicas sobre os dons exigidos para brilhar com fulgor na condição de ser humano. Deus também sussurra ao seu ouvido os princípios a dominar e as habilidades a aperfeiçoar para que ela possa navegar alegremente pelo processo à sua frente. Deus alerta que esses princípios serão revelados de diversas maneiras, nem sempre óbvias. Reconhecê-los é absolutamente essencial para uma vida plena, que agrade a Deus. No final, cada alma é abençoada com o amor de Deus e instruída a usá-lo em todas as situações com que se defrontar. O amor é o bálsamo de Deus, aprende a alma. É ele que a mantém em conexão com Deus e supera qualquer erro ela, a alma, possa vir a cometer. E o suprimento de amor de Deus nunca diminui, não importa quanto seja usado."
Iyanla Vazant - do Livro Fazendo as pazes com a vida - Sextante

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MEDO DE VIVER

Eternas dualidades: desejo de amar, medo de sofrer, desejo de confiar, medo da decepção... assim somos nós seres vivendo numa balança sem encontrar o ponto de equilíbrio.
Como cheguei a essa compreensão? aquietando a mente, assumindo a postura do EU Observador, presente com todos os sentidos, principalmente "ouvindo" os sons do mundo que acaba por reverberá nas minhas emoções e sentimentos assim como no meu trabalho atendendo pessoas o que contribui para o não julgamento.
A dualidade do morrer e viver ficou claro quando em visita a uma senhora muito doente parente de uma amiga, comecei a perceber o quão forte essa dualidade "está" presente em vários níveis da humanidade.
A cada visita presto atenção a sua necessidade de falar, (ou desabafar?) do que achava o que era viver e que no entanto foi "morrendo" aos poucos; da escolha do seu amor que sentia ser eterno mais que por medo de ir contra a ´família aceitou casar com outra pessoa, no entanto nunca esqueceu o antigo amor, o que resultou em mágoas, ressentimentos que foram ficando guardados até porque havia uma familia para cuidar, o "sacrificio" em favor dos filhos, a abdicação dos seus sonhos foram ficando confinados no seu corpo que acabou se transformando em doenças.
No inconsciente coletivo o "morrer" sempre fizeram parte das nossas expressões: "estou morta de raiva, estou morto de fome, estou morto de sede, viver dessa maneira é melhor morrer, quando eu estava com fulano eu não vivia, vegetava..." afirmações que vão sendo plasmadas nosso mental  daí agindo no nosso corpo emocional aumentando cada vez o círculo de dor e sofrimento.
Como estabelecermos o nosso "viver" agora com consciência e responsabilidade, cuidando do espírito "deixaremos"  a encarnação sem tanta dor e sofrimento.
Vou continuar as visitas porque o aprendizado é mutuo.
O despertar da consciência pode nos chegar num "clique" basta estarmos com os sentidos ampliados.
Tenho medo de morrer mais não é algo que vou lidar agora. Por enquanto é pensar em viver.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

AS ORIGENS

" Por que somos feitos assim, por que não o sabemos e por que, quando ficamos sabendo, temos tanta dificuldade para aceitar o fato? Afinal, não é tão extraordinário ter as costas fortes, mais fortes do que a barriga. Percebe-se que a natureza tem grande consideração pelas costas. A maioria das espécies, os animais de penas, pêlos ou escamas, ostenta enfeites e cores na face dorsal. Um gato ou uma joaninha trazem nas costas todo o colorido que lhes falta à barriga. Mesmo se a cor for discreta, nas costas será mais intensa; e a barriga, quando à mostra parece desbotada, fraca e nua. Aliás, os animais não gostam de mostrar a barriga e só o fazem em situações de perigo ou submissão. Guardam para si a intimidade vulnerável da própria barriga.
Já nós, que ficamos sobre dois pés e que temos agora a face dorsal atrás de nós, mostramos espontaneamente a face ventral, que se tornou face anterior. Mas nem por isso as coisas mudaram. Se não temos desenhos brilhantes na pele das costas, temos, porém, sob a pele toda a força. Ela não mudou de lugar quando mudamos de posição. Nossa condição de bipede não modificou nada na distribuição dos músculos. Nos pormenores, sim; mas, nada, nos aspectos principais.
Continuamos com essa testemunha de tempos imemoriais agarrada às costas. Com ela,conseguimos nos desapegar das águas primitivas, a seguir, da lama, das reptações. Fizemos muito esforço para nos erguermos sobre os dois pés. E conseguimos.
E, agora, o que fazer com esta tara que ficou agarrada atrás de nós? Negá-la. É o que fazemos. Apaixonadamente. Com o mesmo afinco com que outrora se negava a hipótese de nossa origem animal.
O passado nos puxa para trás e, com as costas petrificadas, fossilizadas, dá até a impressão de que tememos cair para esse lado. É difícil ser novo-rico, e relutamos em aceitar a fabulosa herança. Os antepassados que a deixaram para nós - répteis de outra era - estão no entanto presentes em nossa memória muscular. Assim como, de modo mais confuso, em nossos miolos. Para que servem todos os monstros da ficção científica, os monstros cinematográficos que reavivamos, a não ser para exorcizar a memória?
As escamas tornaram-se carapaça, pêlos, pele; as barbatanas tornaram-se patas, estreitas ou largas, compridas ou curtas, palmadas ou não não, de acordo com as necessidades do terreno. Rabos, chifres: as excrescências mais extravagantes apareceram, desapareceram. O crânio, os maxilares, os dentes, tudo se transformou. Apareceram os pulmões e as mamas dos mamíferos.
Mas, no meio de todas as metamorfoses, a coluna vertebral persiste. A natureza, que dispõe de imensa capacidade inventiva, produziu de uma vez por todas sua obra-prima e quase não precisa retocá-la. Por isso, temos hoje - de costas - uma semelhança que não engana. Por mais que tentemos reverter a realidade e, ao invés de aceitar a robustez ancestral, continuamos a imaginar que agora somos fracos, temos mesmo de carregá-la às costas.
A prova? Não conseguimos mover nossa coluna a não ser como se ainda estivéssemos na era das reptações.Discretamente, é verdade, mas com certeza. Nossa musculatura dorsal tem ceto parentesco com a das serpentes, destas que existem hoje. As curvas sucessivas que fazem com o corpo, também nós as fazemos. A serpente começa inclinando a cabeça, e todo o resto acompanha. Sua coluna vertebral logo faz três ou quatro curvas sucessivas da cabeça á cauda. No lado côncavo de cada uma das curvas, os músculos da serpente se contraem. Desse modo, a coluna do réptil em movimento não passa de uma sucessão rápida de contrações que se desfazem e logo se recompõem.
Os répteis, atletas no seu gênero, só possuem a musculatura que tem nas costas. Nem pés nem patas, e nada na barriga. A musculatura ventral não existe. Apenas escamas ventrais, para apoio. A força, a rapidez diabólica, a imobilidade e a misteriosa agilidade lhes vêm das costas. Só das costas.
O que temos a ver com isso? Os répteis podem nos ajudar a compreender melhor certos mecanismos de nossos movimentos, porque nos oferecem uma espécie de arremedo do que fazemos com nossos músculos. É verdade que temos uma musculatura ventral - anterior; mas, de acordo com um programa original que não está prestes a desaparecer, é a musculatura dorsal que faz o trabalho pesado.
Se inclinamos a cabeça, o movimento se propaga até o fim da coluna e, depois dela, até a extremidade dos dedos dos pés. A pessoa pensa que está só inclinando a cabeça para o lado direito, por exemplo. Mas, ao inclinar, contrai (e encurta) o lado direito da nuca, o lado esquerdo do dorso, o lado direito da região lombar e o lado esquerdo da perna. Quanto mais tensos estiverem os músculos, mais evidentes serão essas compensações. Se as contrações musculares persistem no lado côncavo de nossas curvaturas, acabam formando um S, como no caso da escoliose.
A contração para a serpente é vida. Serpente flácida é serpente morta. Não somos serpentes, apesar das inquietantes semelhanças na organização muscular, e não corremos risco de vida ao perder nossa rigidez. Mas, "nunca se sabe..." parecem dizer dentro de nós velhos temores".
Thérése Bertherat - Livro a Toca do Tigre

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PRECE DE GANDHI

"Creio em mim mesmo; creio nos que trabalham comigo; creio nos meus amigos; creio na minha família; creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos; creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que n~~ao acreditam como eu acredito; creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende de sorte, de magia, de amigos, companheiros duvidosos ou do meu chefe; creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar.
E assim sendo, serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo.
Não caluniarei aqueles que não gosto; não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem; prestarei melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz.
Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que as vezes ofendo os outros e necessito de perdão"

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A ORIGEM DO SOFRIMENTO

A primeira das quatros nobres verdades enunciadas por Buda após sua iluminação é muito simples e diz basicamente que "a vida é sofrimento". Na verdade, a palavra usada em sânscrito é "dukkha" termo que poderia ser mais bem traduzido como aquela angústia difusa que é pano de fundo habitual do nosso cotidiano. É algo menor que sofrimento, mais sutil, e que se refere àquela raspação contínua no peito que nos deixa eternamente infelizes. Se temos algo, temos medo de perder. Se não temos, sentimos falta.
Qualquer que seja a condição, esse pano de fundo nos deixa sempre descontentes. A n~]ao ser que compreendamos que a felicidade é efêmera, que tudo é impermanente e que a mudança faz parte da vida. Isto é, as três nobres verdades restantes.
"Acontece que vivemos num tempo de mudanças que se sucedem numa velocidade vertiginosa, uma época de amores líquidos e passageiros. Não sabemos como lidar com essa rapidez em que tudo nos foge das mãos, em que nada é garantido e perene e em que tudo é descartável", diz a psicóloga Sandra Taiar, do Laboratório Formativo do Ser, ligado a linha Stanley Keleman e professora do Palas Athena. Mais que isso, segundo Sandra, passamos para os nossos relacionamentos os valores de uma sociedade de consumo. "Se uma relação não é exatamente aquilo que desejamos, a gente troca, devolve. Não se investe num aprofundamento maior", ela diz. Como se fosse possível reclamar no caixa e exigir nosso tempo e dinheiro de volta, como se o afeto fosse uma mercadoria.
Também avaliamos o que somos ou temos segundo as regras de consumo. "Sempre queremos estar bem na fita. Damos muita importância ao que a sociedade julga como válido, importante ou conveniente, sem pensar em nossa profundidade e em nossos verdadeiros valores", diz Sandra.
O tempo ficou exíguo para a gente se perguntar o que vale a pena ou não.
"A qualidade do tempo influi na qualidade de nossas escolhas", afirma a psicóloga. Em vez de reclamar e trocar constantemente, uma boa idéia seria nos ouvirmos com verdade e atenção.
" sociedade de consumo, a mídia, os sites de relacionamento levam nossa atenção constantemente para fora. Há pouco tempo disponível para nos levar para dentro", acredita. Tem um momento, portanto, em que é preciso saber desligar a televisão e não acompanhar a próxima novela. Ou dar um tempo no Facebook. Ou fazer uma terapia. Somos uma potência de vida que precisa se manifestar plenamente de corpo e alma. É saudável e desejável, portanto, abrir espaço para ela.
Texto da revista Vida Simples

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mantra do Amor Universal - Siddhartha






SEMENTES DO AMANHÃ

" Sábio é o homem que confia em suas sementes, porque, ainda que os solos sejam desfavoráveis, elas continuam trazendo dentro de si a potencialidade da criação.
Tolos são os que acreditam nos solos e não nas sementes, porque ainda que aqueles sejam favoráveis e propícios, se acaso estas não forem boas, jamais germinarão.
A história do homem é o crescimento e a germinação das boas qualidades, que nada mais são que seus verdadeiros pendores espirituais. Nós não acreditamos em solos favoráveis, mas em nossas sementes. O que realmente importa são as qualidades de cada uma delas. Sementes criarão plantas, e boas plantas serão as responsáveis por boas colheitas.
Vocês sabem como se formam os desertos?
Desertos são formados por falta de escrúpulos, quando as pessoas querem colher sem a responsabilidade da manutenção de tudo de bom que lá existe. Assim, arrancam-se as raízes, nada mais nasce, o solo enfraquece e nada poderá ser feito.
Sabemos, portanto, da boa qualidade de nossas sementes, e é só isso que importa e que poderia limitar nossa atuação. Nossas sementes, vocês, devem se cuidar porque cabe a nós, apenas a nós, a responsabilidade de oferecer-lhes solos adequados, e assim o faremos.
Onde há amor, haverá bons solos.
Onde há espíritos mansos, haverá bons solos.
Onde há perdão, haverá bons solos.
Cuidem de sua mente consciente, mantendo-se ocupados em criar, manter, cultivar bons pensamentos, pois este é o único canteiro de sua inteira responsabilidade. Os solos externos, os das oportunidades que a vida oferece às pessoas, são nossos. Cabe a vocês cultivar essas pequenas e preciosas sementes da esperança nos jardins de suas mentes, para que possamos colocá-los no mundo.
Os solos da vida estão ávidos por esperança, por amor e por boas palavras.
Curandeiros são aqueles que têm o poder de curar os corações daqueles que criaram desertos em suas vidas, única e exclusivamente por falta de fé.
Eu, seu pai e Mestre na luz de Jesus, acredito em vocês.
SANANDA"
Texto do livro Os Filhos de Órion - Maria Silvia P. Orlovas - Madras

sábado, 22 de setembro de 2012

GENEROSIDADE

" A verdadeira generosidade exige uma percepção lúcida da vida. E essa lucidez representa a compreensão de que há uma Fonte de Tudo. Essa fonte tem uma vontade distinta daquela que é nossa, mas não nos é totalmente estranha porque fazemos parte dela.
Ao contrário da lucidez, a ilusão está associada meramente à vontade pessoal. Claro que é difícil para nós não capitular diante dessa vontade pessoal, porque seu epicentro está em nós mesmos. Abraão sabe que o único antídoto legítimo à vontade pessoal é o reconhecimento de uma outra Vontade que nos alimenta e dá abrigo. É essa Vontade, e não a vontade, que nos garante a hospedagem.
Para perceber isso, porém, é necessário estar em movimento na vida. É preciso estar indo para uma terra prometida, porque o sedentário só distingue a vontade pessoal. E se for assim, então uma caneca de vinho custa tanto e um pedaço de pão outro tanto. Tudo passa a ter um valor sedentário muito distinto do valor dinâmico. Um é o valor de alguém que acredita possuir e dominar, outro o valor de alguém que usa e deixa para o próximo peregrino. Mundos muitos diferentes! Abraão vem fundar a possibilidade peregrina, os valores peregrinos.
O ser humano faz de sua vida uma tentativa de sustentar as demandas de sua vontade pessoal. Pensamos então nas tendas, nos oásis que poderão saciar nossos desejos. Fantasiamos ambientes que desejamos adentrar, hospedagens que gostaríamos de usufruir e sonhamos pertencer a este ou àquele clube ou ter determinado status. Mas batemos em portas que muitas vezes se fazem fechadas para nós e ficamos inconsoláveis. Entramos então na modalidade da insistência e obstinação. A vontade é tão real e tão sedutora, que nos faz permanecer diante das portas ou impossibilidades, obcecados pelas possíveis recompensas que estão do outro lado. O que Abraão descobre, seu ovo de Colombo,é o que revela uma bela máxima sufi: "Minha vida toda fiquei batendo na porta esperando que abrissem sem saber que eu estava batendo pelo lado de dentro."
Esta é a razão de ter sua tenda aberta a todos os lados.
Abraão sabe que batemos pelo lado de dentro - de dentro da vida. Nenhum de nós está excluido, seja qual for nossa condição: estar de fora sem conseguir entrar.
Abrir sua tenda não é uma atitude moral, um escambo com a vida para através de solidariedade prover no futuro uma carência que hoje existe em abundância. A bondade não é um pecúlio para os dias de inverno. Mas é, ao contrário, a descoberta de que batemos na porta de dentro. Isso significa que nós mesmos somos a abundância, fazemos parte da diversidade sem nunca deixar de ser parte do Todo.
E com esta visão, de quem está dentro e não de quem tem que adentrar, abrimos não apenas nossas tendas.
Abrimos a tenda maior, que é nosso coração. Essa tenda que abriga tanto nossa identidade como nossa paixão não tem que ficar fechada.
É verdade que as portas, tal como as epidermes, protegem a diversidade. Blindam nossa individualidade e parecem itens indispensáveis à sobrevivência. No entanto, a diversidade que não se reconhece como parte de algo maior ficará encerrada onde, na verdade, não há qualquer porta ou parede. Assim, o indivíduo será um prisioneiro de sua visão de mundo e fará de sua pele uma couraça que enclausura. Setenciado ao isolamento sob a ilusão de que está protegido. Melhor a viagem que nos faz vulnerável do que a segurança que nos rouba o caminho. Melhor enfrentar a vertigem do horizonte e usufruir da liberdade do que inventar portas reconfortantes que nos fazem cativos e solitários."

Texto do livro Tirando os Sapatos - pag 98 a 101 - Ed. Rocco
Autor Nilton Bonder

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SABEDORIA ESSÊNIA







".... Irmão, na infinidade dos mundos há uma fonte de Paz que não tem nome. É a força que faz germinar a vida e se divide entre todos os corações mas continua una e indivisível.
É esta fonte de eternidade que nosso Irmão Jesus invocou para expressar-se Nele, permitindo-lhe tomar tal dimensão que a energia do Kristos a enobreceu. Este é o ensinamento que nos foi dado e é este também o caminho proposto aos seres para quem o amor é melhor guia do que o medo, porque também a experiência desse amor vivifica os mil sinais do que os homens chamam de Lei. Eis o que nos foi ensinado: acreditar vale muito pouco, mas vale muito aprender a conhecer. Há mais para dar do que para receber, pois quem viu Kristos dentro de si não consegue exaurir seu tesouro"
Do livro O Caminho dos Essênios- Editora do Conhecimento.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

FOME DE QUE?

O quanto é difícil meditar. Estou sempre ouvindo esta frase de amigos e clientes. Como aquietar um mental que imagino um "cavalo" disparado velozmente, tendo como "cavaleiro" as emoções numa disputa constante e cansativa gerando com isso um afastamento do "oásis" cujo centro se situa no coração onde habita nossa Divindade.
O começo é assim muitas tentativas, é preciso do exercício da paciência, compreensão e disciplina. O silêncio da mente permite que as "gavetas" emocionais sejam abertas e nem sempre gostamos de ver o que tem dentro delas momentos de sofrimento ( no príncipio só enxergamos isso) e o mais difícil é o reconhecimento do quanto colaboramos para este sofrimento.´
É um trabalho que tende a se aprofundar  e aos poucos vamos nos aproximando do "oásis" que é a presença do Deus interno, experienciando momentos de alegria e paz.
É interessante por que pensamos que sabemos respirar ou melhor, respiramos para sobreviver porque a cada emoção vivida seja ela de qualquer natureza é "retida" no corpo, sem contar os traumas das doenças, processos cirúrgicos etc.
Em dos meus momentos de meditação ao aquietar a mente observando a respiração "ouvi" a seguinte pergunta Fome de que? segui com a respiração observando "imagens", sentindo "sensações" do que se referia a esse estado de "fome", sem julgar, tudo se tornando muito "claro": os equívocos, o tentar agradar aos outros, as promessas vazias, carências e desejos. Continuei a respirar colocando a luz do amor e compaixão e aos poucos fui liberando as imagens.
Terminei a meditação ficando em silêncio agradecendo ao Deus que sei que habita em mim a oportunidade da cura, passando a me sentir fortalecida nos decorrer dos dias com as mudanças acontecidas: Ampliação do olhar para o mundo, diminuição de ingestão de doces, a compreensão que o dinheiro me serve e não eu a ele, melhora da qualidade nas minhas relações(sou honesta comigo, sem amarras), cada vez mais vivendo momentos de paz e alegria plena.
Sei que a princípio esse tipo de percepção pode parecer difícil, mais com disciplina, vontade é possível alcançar esse "oásis" tão bem explicitado  pelo Mestre Jesus: "Vinde os que estão cansados e oprimidos, que eu os aliviarei."

sábado, 11 de agosto de 2012

MEDO

" Nada atormenta mais o ser humano do que seus ódios.
Sempre que confrontado por um rival ou ameaçado por um antagonista, o ser humano experimenta a liberação de hormônios de seu instinto animal. Em condições anteriores à consciência humana, esses hormônios determinavam a escolha entre o ímpeto do ataque ou a submissão. A natureza garantia assim a sobrevivência dos seres, fosse pela eleição do enfrentamento, quando se percebiam capazes de bancar sua cobiça, ou pela fuga e subordinação, quando não se percebiam dominantes em determinado contexto.
No desenvolvimento da mente humana, o ataque evoluiu produzindo o sentimento de ódio ao outro e a submissão evoluiu para o ódio a si. O ódio é o elemento mental e emocional que justifica para um ser racional a sua agressividade. Em parte físico e em parte psíquico, o ódio é um híbrido humano que atende ao intuito de enfrentar. Ao mesmo tempo, a subordinação produz no ser humano uma forma de menos-valia e capitulação, pela qual ele despreza a si mesmo.
Tanto o ódio ao outro quanto o ódio a si ampliam o espectro do medo na experiência humana. O ódio propõe implicitamente o ataque, mas em geral não o faz. Por convenções sociais ou por sublimação, aquele que odeia reprime seu ímpeto de ataque. Desta forma, mantêm em si um alto nível de medo, já que o enfrentamento pressupõe este sentimento como instinto de autopreservação. O ódio a si, mais ainda, é um estado permanente de temor, uma condição de sujeição sempre à espera do golpe fantasiado. Em ambos os casos, o sentimento determinante é o medo. Se observarmos com cuidado, veremos que todos os nossos ódios são fomentados pela insegurança e pelo medo.
Parte deste desenvolvimento ocorreu porque o ser humano tem duas esferas de integridade e proteção.
Enquanto o mundo animal conhece apenas a luta pela sobrevivência física, o ser humano tem que preservar não apenas seu corpo, mas também sua identidade.
Qualquer ataque a estes fundamentos da identidade coloca o ser humano sob o mesmo estado de alerta como o que se encontra quando sua vida está em risco.
Toda vez em que o outro confronta seu fundamento, o ser humano entende que este é um ataque que só pode ser administrado no campo do ódio. Pelo menos, essa é sua postura inicial e natural. A busca milenar por paz representa a busca por uma alternativa a essa situação. A tal tolerância, ou mesmo sua versão mais radical, a aceitação, só será possível quando o outro e seus fundamentos puderem ser percebidos num território diferente de um confronto ou de uma submissão.
Trecho do livro Tirando os Sapatos - Nilton Bonder - Ed. Rocco

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ONDE NÃO HÁ AMOR, ESPERE O MEDO

" Qualquer pensamento que não seja revestido de amor é um convite para que a sombra entre. Somos levados a acreditar no mito da neutralidade: que não precisamos realmente amar, contanto que não causemos danos. Mas todo pensamento cura ou causa dano. O poder criativo infinito do pensamento garante que qualquer coisa que escolhermos pensar resultará em efeito. Se não escolho amar - se escolho reter meu amor -, naquele momento é criado um vácuo psíquico. E o medo se apressa em preencher o espaço.
Isso se aplica aos meus pensamentos sobre os outros e sobre mim. Tendo focado nos aspectos da sombra de outra pessoa, não posso deixar de entrar nos meus: o aspecto da raiva, do controle, da carência, da desonestidade, da manipulação, e por aí adiante.
Uma vez que entro na escuridão de culpar e julgar, fico cega para enxergar minha luz, e não consigo achar meu Self melhor.
Ou, tendo esquecido a verdade essencial do meu ser - deixando de apreciar a mim mesma, por não apreciar a luz divina que reside em mim -, facilmente caio na armadilha do comportamento autodestrutivo. Entrego-me a qualquer forma de sabotagem pessoal que fará os outros se esquecerem, como eu me esqueci, de quem realmente sou. Seja atacando os outros, ou atacando a nós mesmos, a sombra provê a tentação aos pensamentos de destruição e insanidade.
A mente, em seu estado natural, está comunicação constante com o espírito do amor. Mas a sombra, como o amor, tem seus embaixadores dentro de nós - pensamentos que nos atraem constantemente, um convite a perceber as coisas de modo isento de amor. "Ele disse que me contrataria e não contratou; é um idiota." "Ela tem uma política que me enoja; não a suporto". "Pode comer o bolo inteiro; não faz diferença o que o médico disse." "Não faz mal se você ficar com esse dinheiro; ninguém vai saber." O mundo está dominado pelos pensamentos de medo, e somos constantemente encorajados pelas crenças da sombra.
Na falta da prece ou da meditação - experiência de amor compartilhado entre o Criador e a criatura -, somos facilmente tentados a perceber tudo sem amor. Em consequência, ingressamos na zona sombria dentro de nós. Se projetamos a culpa nos outros, ou de fato ferimos alguém, ou até chegamos a nos envolver em um comportamento dependente ou de repulsa pessoal que fira primordialmente a nós mesmos, a sombre exerce uma influência horrível.
Mas por que devemos nos surpreender? A maioria de nós acorda, pela manhã, e efetivamente entrega a mente à escuridão. A primeira coisa que fazemos é ligar o computador, ler o jornal, ligar o rádio ou a televisão no noticiário. Baixamos formas de pensamento de medo, literalmente do mundo inteiro, permitindo que nossas mentes, no momento em que mais estão abertas a novas impressões, sejam influenciadas pelo pensamento baseado no medo que domina nossa cultura. É claro que reagimos a partir da sombra, pois tudo o que vimos é sombra! É claro que nos sentimos deprimidos, infelizes, insatisfeitos e cínicos. O mundo está dominado pelo pensamento baseado no medo e no plano mortal; o medo fala primeiro e mais alto. nâo há escuridão para analisar aqui; é a luz que temos de acender! De modo a evitar as garras da sombra, precisamos constantemente ir em busca da luz."
Trecho do livro O Efeito Sombra - Texto  de Debbie Ford - pags 201 a 203

terça-feira, 31 de julho de 2012

RETARDANDO O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

" Nesse meio tempo, a percepção do corpo interior traz outros benefícios no campo físico. Um deles é uma significativa redução do processo de envelhecimento do corpo físico.
Enquanto o corpo exterior, em geral, aparenta estar envelhecendo e murchando bem rapidamente, o corpo interior não muda com o tempo, exceto que podemos senti-lo mais profundamente e torná-lo mais completo. Se você tem vinte anos agora, o campo de energia do seu corpo interior vai se sentir igual ao de quando você tiver oitenta. Estará vibrantemente vivo. Assim que o nosso estado habitual passa do estar fora do corpo e preso pela mente para estar no corpo e presente no Agora, o nosso corpo fica mais leve, mais claro, mais vivo.
Como existe mais consciência no corpo, a ilusão da materialidade diminui.
Quando nos identificamos mais com o corpo interior do que com o corpo exterior, quando o estado de presença se torna o nosso modo normal de consciência, deixamos de acumular tempo na nossa psique e nas células do corpo. O acúmulo do tempo, tal como um fardo psicológico do passado e do futuro, prejudica a capacidade de auto-renovação das células. Portanto, se voce ocupa o seu corpo interior, o exterior vai envelhecer em um ritmo mais lento. E, Mesmo quando envelhecer, a sua essência eterna vai brilhar através da sua forma exterior, e voce não dará a impressão de ser uma pessoa idosa."
Eckhart Tolle - O Poder do Agora

domingo, 29 de julho de 2012

DEIXE FLUIR

" A nossa vida é como um riacho. As correntezas de nossas experiências fluem ao longo do tempo com ciclos periódicos de tranquilidade, pertubação e integração. Os nossos corpos são as margens do riacho, que contêm e dão limites à nossa energia vital, ao mesmo tempo permitem que ela flua livremente entre as margens. É a barreira protetora das margens que nos permite experienciar com segurança o nosso senso de movimento e de mudanças interiores"
Peter A. Levine - Livro O Despertar do Tigre - Curando o Trauma-Summus Ed.

domingo, 22 de julho de 2012

DOMINGO NO PARQUE

O parque é o da cidade, sem grandes atrativos a não ser a natureza, requerendo cuidados mais que hoje se tornou especial com apresentação da orquestra juvenil Neojibá.
A estação: inverno? presente na vegetação de algumas nos tons verde escuro, outras em tons verdes claros (se preparando para a primavera) e junto ao palco umas plantas com pendões vermelhos criando uma harmonia junto aos acordes da orquestra.
Foi um deleite a começar pelas músicas clássicas que executadas ao ar livre se tornaram suaves, cada acorde inspirando emoções variadas ressonando por todo o corpo principalmente no coração.
Ao observar o maestro regendo, onde todos sabem seus papéis, pensei que Deus tenha feito assim ao "criar" o universo, ao seu toque amoroso, tudo foi sendo criado de forma harmonica até chegada dos seres humanos também criados a partir do mesmo amor e que na ignorância ainda compreendeu o significado desse amor que só constrói.
Precisamos da mais momentos como este. Música de qualidade que eleve a vibração do universo na energia da alegria "retornando" em bençãos de paz para tantas formas-pensamentos negativas que impregnando o planeta.
A orquestra encerrou com uma homenagem a Luís Gonzaga e Brasileirinho. Então foi a hora de levantarmos e como todo baiano, nos balançar.
É nesse balanço que pretendo passar a semana.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O OLHAR

O olhar pode ser tão claro
Trazer verdade e amorosidade.
Mais expressa raiva, julgamentos, rejeições
A criança que não ser amada, cresce presa na energia do olhar que a rejeitou, machucou.
O adulto fica preso nessa ilusão por muito tempo, até que sua Alma que é eterna, mostra-lhe o universo e o faz se lembra do olhar de Deus sempre presente, a mostrar que é possível a compreensão que existem olhares, ternos, amorosos que incentivam a confiança.

julho/2001

sexta-feira, 13 de julho de 2012

REFLEXÃO

"Há três mundos: "eu tenho" "eu sou" e "eu me torno.
São as três moradas do pai. Escrevi isto para os povos que virão a fim de que não precisem mais procurar o caminho em vão. Quem o ignora condena-se a voltar cada vez mais para trás. Os homens só vivem uma vez; reaparecem um dia: mundo e lugares diferentes os acolhem em seu caminho formado por muitas vias. A eternidade é um circulo cujo centro é o Pai e todas as faces do Pai são as do Grande Sol".
Livro Jesus e os Essenios -Daniel Meurois e Anne Givaudan

terça-feira, 3 de julho de 2012

ILUMINAÇÃO

" A mariposa que se tornou amante da chama tem a luz dessa aura como alimento desde que permaneça a uma certa distância dela. É o presságio desta iluminação que amanhece que ao mesmo tempo a chama e lhe dá as boas-vindas. Mas ela precisa continuar voando até que ela a apanha.
Quando a alcançou, não cabe mais a ela ir em direção à luz. A chama não é mais seu alimento, mas ela é o alimento da chama. E é aí que está o grande mistério. Num momento uma fugitiva, ela então se torna seu próprio amor, já que ela é a chama. E isso é perfeição". al-Ghazali (1058-1111 d.C)  

domingo, 1 de julho de 2012

A ERA DE FERRO

" Data estelar: Lua crescente em Sagitário. Está escrito com a mão de ferro da Era astrológica em que existimos, a qual leva esse nome, Era de Ferro, que todos chegaremos a experimentar diretamente o princípio divino e compreendê-lo. A esse princípio divino chegaremos com o desejo purificado, com o intelecto consagrado e com o corpo funcionando como servidor e não como patrão. Se nossos desejos não são puros, mas tingidos de egoísmo, não temos capacidade de enxergar o divino. Se o intelecto é cheio de soberba, tampouco seria possível compreender o divino e, se o corpo é o patrão nosso de cada dia, exigindo satisfações constantes, não poderíamos aceitar o que é necessário realizar a cada solitário instante em nome do divino. Enquanto isso, sem pureza nos desejos, sem intelecto consagrado nem corpo preparado, somos escravos de nossa ignorância.".
Oscar Quiroga

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A MENTE

" A mente é algo como uma usina a produzir energias; quando se descontrola ou é tomada pela raiva, ódio, cólera, inveja ou ciúme, emite determinados feixes de ondas de forças, que perpassam pelo campo "etereoastral" da zona cerebral do períspírito, fazendo baixar o padrão vibratório da energia mental que ali se encontra em liberdade. Produz-se, então, um fenômeno que muito bem poderíeis designar como sendo uma "coagulação mental astral", lembrando o caso da onda de frio que, ao atuar no seio da atmosfera do vapor d'água, solidifica-o na forma de gotículas. Assemelha-se, também, à corrente elétrica que perpassando por uma solução salina, produz a tradicional precipitação verificada em laboratórios de química e física.
Da mesma forma, as ondas mentais alteradas também intoxicam a própria atmosfera astral e invisível em torno do cérebro, produzindo substâncias que baixam vibratoriamente, tornando-se nocivas, e por esse motivo devem ser eliminadas da zona psíquica ou do campo áurico do homem. A glândula hipófise, a regente dinâmica do sistema endócrino e a mais influente no sistema nervoso, sofre então, pela sua delicadeza, a maior parte do impacto violento e agressivo da mente desgovernada, fazendo esse impacto repercutir nos demais órgãos da rede glandular, do que resulta aceleração e precipitação de hormônios inoportunos na circulação sanguínea, com a consequente intoxicação do organismo. A natureza, orientada pelo senso divino, expulsa a carga inoportuna para o mundo exterior, através das vias emunctórias do corpo, como sejam os rins, intestinos e pele. Daí se verificar, amiúde, que as criaturas mais violentas, coléricas, irritáveis, pessimistas ou ciumentas são vítimas quase sempre de alergias inespecíficas, urticárias, nefrites, eczemas neuro-hepáticos, surtos de disenteria ou hemorróidas, como frutos dos desequilíbrios mentais e descontroles psiquicos. Os hipocondríacos, por exemplo, vivem num infeliz círculo vicioso; quando o fígado enferma, altera-se o seu psiquismo, e quando este se desarmoniza, são eles que enfermam o fígado.
É óbvio, pois, que, sendo as palavras irascíveis o instrumento que interpreta as emoções desequilibradas ou violências mentais, devem produzir visíveis modificações orgânicas, como chaves do psiquismo desequilibrado, assim como as palavras desarmônicas por natureza exigem esforços à parte, para serem pronunciadas, enquanto outras associam estados enfermiços e fazem abater o ânimo espiritual, influindo no físico. Quando louvais o próximo com palavras de amor ou de paz, elas despertam estados de afetividade, otimismo e esperança, o que já não sucede se as expressões forem de ódio ou de rancor.
As palavras despertam idéias e produzem estados e motivos diferentes, no homem; repetimos-vos: são chaves verbais que vos alteram ao ouvi-las ou a pronunciá-las, ocorrendo então consequências diferentes no psiquismo e, consequentemente, no corpo físico".
Abordagem do livro A Sobrevivência do Espírito - Ramatis

terça-feira, 26 de junho de 2012

TORRE DE BABEL

A viagem pela paralela é longa, engarrafamento, mais que trazem seus momentos de reflexões. Tem de tudo:música evangélica, pagode, forró, assim como alguém que levanta de Biblia nas mãos e pede licença para falar da palavra de Deus, de sua próxima vinda quando irá explusar satanás.
O tema desse dia foi a Torre de Babel. Ao ouvir referência do nome fui tomada por um ligeiro "mal estar". Então como sempre faço, fui me "distanciando", ampliando a mente, comecei a me perguntar: que torre de babel ele está falando? daquela citada nas escrituras que acredito que fisicamente não existiu a não ser de forma simbólica mais no sentido muito atual: Cada um querendo ser mais que o outro no exercício do poder e egoísmo, "plasmada" no inconsciente coletivo que através dos séculos "continuamos" tentando construir mais também com o "medo" da ira de Deus? medo e ira duas palavras que remeteram a momentos dos aprendizados cristãos que muitas vezes fugia a compreensão. Deus não é o Criador do universo e tudo que a ele pertence?porque ele iria ficar zangado e destruiria a todos? as explicações não atendia ao meu desejo de saber a resposta.
"Vindo" para o presente, pensei nas "torres" que são construidas em todos os momentos e que nem sempre são entendidas como "prisões". Torres familiares, (poucos conseguem se libertar), torres de sentimentos, torres que muitas das vezes são "quebradas" pelas doenças, ou torres que servem de "refúgio"(depressões, drogas etc), fiquei pensando nas minhas próprias torres e o quanto precisei da vontade aliada a busca da Consciência, tendo como guia a Vontade de Divina para que mantivesse tranquila quanto às destruições que chamo de "libertação".
Segundo a história a destruição da Torre de Babel, os homens passaram a falar línguas estranhas e não se entendiam, fato que continua acontecendo, observo nesse momento no transporte: Alguém pregando, outro ouvindo música numa altura, algumas dormindo (ou fingindo) e algumas conversando. É ou não uma torre de Babel?
Poderia ficar horas identificando outras "torres" mais preferi retornar, o tal do" incomodo" passou, reflexões compeendidas, estava na hora de me preparar para saltar.
A compreensão? Não só as doenças nos mantém presos, mais também os desejos, a possesividade, o orgulho e por aí vai.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ABRA MÃO, SOLTE, LIBERTE

" Imagine-se numa bela faixa de areia de praia. A areia está quente e macia ao toque de sua mão. Pegue um punhado de areia e aperte com força. Perceba o que acontece. Ela começa a escorrer por entre os seus dedos fechados. Quanto mais você tenta segurá-la mais rápido ela escorre por entre seus dedos, até que voce fica segurando apenas uma pequena parte daquilo que voce tinha no início. Depois, pegue mais um punhado de areia, mas, em vez de fechar o punho com força, deixe a mão aberta e perceba como os grãos de areia na mão por muito mais tempo, com menos esforço, menos gasto de energia do que se voce tentasse possuí-los e mante-los prisioneiros em seu próprio punho.
Mas será que qualquer dessas formas de reagir à areia mudou seu sentimento em relação a ela ou mudou a areia? Obviamente não. Voce ainda sente que vale a pena tê-la, que vale a pena senti-la. Ela ainda é tão bonita e ainda é muito bom sentar ali e apreciar a paz e a maciez da areia. E o que é melhor, ela vai continuar ali permitindo que voce a aprecie, dia após dia, pelos tempos futuros.
A VIDA E O AMOR
A vida e o amor são bem parecidos com aqueles grãos de areia. Queremos possuir para sempre os sentimentos que o amor desperta dentro de nós. Queremos nos agarrar e recuperar aqueles momentos das primeiras emoções... os sentimentos de felicidade, alegria e plenitude, tentando nos agarrar ao ser amado depois que ele ou ela mudaram de maneiras que nos recusamos a aceitar. Para aquele ser amado, transferimos os sentimentos que são na verdade nossos, e que sentimos inicialmente porque aquela determinada pessoa nos colocou em contato com o nossolado mais amável e mais bonito.
Muitas vezes é possível recuperar esses sentimentos mais uma vez, e deveríamos fazer todos os esforços nesse sentido de uma forma honesta para aprender com os problemas e construir um relacionamento mais profundo, mais amoroso do que o anterior.
Mas existem momentos em que apenas um dos parceiros está disposto a se esforçar para fazer com que isso aconteça, a explorar todas as alternativas possíveis para fazer com que o relacionamento funcione..., talvez até bem depois do momento em que um "até logo" fosse mais apropriado.
Abrir mão significa olhar para nós mesmos honestamente, aprendendo a amar os outros como eles são, permitindo a eles a liberdade de serem eles mesmos, embora isso possa ser diferente daquilo que gostaríamos que eles fossem. É ter coragem de dizer "Eu mudei, eu cresci, estou fazendo o melhor que posso, embora nem sempre esteja corre. Estou lhe oferecendo minha mão. Acompanhe-me em meu crescimento, venha ser meu companheiro.
Mas tudo bem se voce não quiser vir comigo. Eu o amarei, aceitarei e respeitarei de qualquer forma, porque assim manterei minha integridade e o apoiarei na sua integridade". Afinal de contas, cada um de nós tem seu próprio caminho a trilhar, junto ou separadamente, mas ainda podemos aceitar e amar a outra pessoa pelo fato de ela partilhar sua vida conosco e nos oferecer o que tem de melhor."
Texto da revista O Rosacruz

sábado, 2 de junho de 2012

TRANSCENDER O SOFRIMENTO POR MEIO DO DESAPEGO

Continua..
" Então surge a necessidade do desapego, sob a forma de um acontecimento inesperado que vem destruir aquilo que estava se cristalizando. Sofremos, portanto, e aprendemos a lição da impermanencia à nossa custa; mas, se aceitarmos a provação e compreendermos seu significado, teremos uma luminosa revelação e uma abertura da consciência, que nos compensarão da nossa renúncia.
.. O aspecto mais oculto do desapego - e o mais difícil de ser realizado - é constituido exatamente dessa "simultaneidade" dos dois aspectos, dos dois níveis de expressão que durante longo tempo consideramos separados, opostos e irreconciliáveis.
Para muitas pessoas, por exemplo, parece impossível expressar o amor de maneira impessoal e  desapegada sem cair numa atitude de frieza, de não-participação emocional; tais pessoas não conseguem ver que podemos expressar um amor desapegado mais revestido de calor, de ternura e de verdadeiro interesse pelo outro.
O verdadeiro desapego permite amar desse modo, não exige reciprocidade e não tem expectativas, pois é Verdadeiro Amor pelo Ser Real da outra pessoa. Não nasce da necessidade, de projeções ou ilusões, mas sim do nosso centro de consciência que exprime a energia do Amor do Eu, irradiando como o Sol, espontaneamente, sobre tudo e sobre todos.
Quem sabe amar verdadeiramente não prende a pessoa amada, mas a deixa livre porque deseja a felicidade dela, não a sua própria. No entusiasmo do verdadeiro amor, acontece o desapego e nasce um sentimento de liberdade que não diminui a intensidade do afeto, mas a aumenta; não há sofrimento, mas alegria; não há sacrifício, mas um ato de doação.
Falei do amor porque é uma experiência pela qual todos nós podemos facilmente ter passado, mesmo que por breves momentos. Nos outros aspectos da vida talvez seja mais difícil perceber a simultaneidade entre desapego, liberdade interior e interesse e entusiasmos exteriores, como por exemplo no "desapego dos frutos da ação" descrito no Bhagavad Gita como requisito fundamental do verdadeiro iogue. O verdadeiro artista, por exemplo, movido pela sua criatividade, consegue alcançar essa forma de desapego porque seus motivos são puros e provêm do Eu.
Fica claro, dessas breves notas, que o verdadeiro desapego é o resultado de um longo processo de desidentificação e de libertação que leva o homem a reconhecer sua realidade e a despojar-se de tudo aquilo que a ofusca, a limita e a distorce.
O desapego não é, como talvez tenhamos pensado num primeiro momento, uma renúncia, uma restrição, uma aridez ou uma fuga da vida; ao contrário; é um alargamento, um florescer e uma participação na vida de maneira mais total, alegre e verdadeira, tal como expressa São João da Cruz em seu livro Salita al Monte Carmelo ( A subida do Monte Carmelo) com estas palavras:
" O homem adquirirá, por meio do desapego, um claro conhecimento das coisas, e assim compreenderá claramente a verdade sobre elas. (..) Alegrar-se-á com elas, portanto, de uma maneira diferente do que faz quem está a elas apegado. Ele as desfruta segundo a verdadeira natureza delas; o outro as desfruta segundo sua enganosa aparência. Um aprecia o lado melhor das coisas; o outro, o lado pior. Um se alegra com aquilo que as coisas substancialmente são; o outro apega-se a elas com os seus sentidos, segundo aquilo que as coisas acidentalmente são".
 meta que o ser humano deve alcançar por meio do desapego, portanto, não é a abstração da vida, a paz transcendente do Ser e a unilateralidade de uma perfeição sobre-humana, mas sim a totalidade, a superação da dualidade entre Espírito e Matéria, entre Ser e Vir-a-ser, em uma síntese superior para realizar assim o estado de consciência admiravelmente expressado na Voce del Silenzio (Voz do silêncio) com estas poéticas palavras:
Os ramos da árvore são fustigados pelo vento
mas seu tronco permanece imóvel.
Tanto a ação quanto a não-ação
Devem em ti encontrar lugar:
teu corpo em movimento,
tua mente tranquila,
tua Alma límpida como um lago na montanha.
Trechos do livro O Caminho para a libertação do sofrimento - Angela Maria La Sala Batá- Ed. Pensamento

terça-feira, 29 de maio de 2012

TRANSCENDER O SOFRIMENTO POR MEIO DO DESAPEGO

Exatamente por causa desse silencioso e contínuo ímpeto evolutivo, que age sem o percebermos, mais cedo ou mais tarde irá se manifestar a necessidade do desapego, sob a forma de um acontecimento externo ou de uma provação dolorosa que nos forçará à renúncia e à superação, ou sob a forma de uma tomada de consciência, de um amadurecimento interior que nos fará compreender como é errado e ilusório o nosso apego.
Essas duas formas de desapego representam duas experiências bem diferentes entre si. A primeira, que poderia ser definida como "desapego involuntário", inicialmente produz efeitos negativos, tais como a rebelião, a amargura, o sofrimento estéril. A segunda, constituída de um "desapego voluntário consciente", é sempre evolutiva e produz uma superação e a ampliação da consciência.
Na realidade, essas duas formas de desapego se apresentam em dois diferentes níveis evolutivos durante o longo caminho do homem rumo à auto-realização espiritual e constituem experiências pelas quais ele tem de passar sucessivamente. Quando ele tiver alcançado o verdadeiro e total desapego, haverá um estado de consciência especifíco, desprovido de qualquer toque de sofrimento, de qualquer sensação de perda e renúncia; em vez disso, haverá o estado pleno de um sentimento de conquista, de liberdade e de alegria, pois é produzido pela expansão e realização interiores.
..... A maioria da humanidade sofre porque, a cada giro da espiral evolucionária, está sujeita a essa necessidade de abandonar o "menos" pelo "mais", de renunciar a algo inferior por algo superior.
... Nós não queremos mudar, não queremos crescer, não queremos abandonar aquilo que realizamos. Iludimo-nos, achando que tudo o que construimos durará por toda a eternidade, e desperdiçamos nosso tempo e energia para torná-lo estável e permanente.
Continua...

domingo, 27 de maio de 2012

TRANSCENDER O SOFRIMENTO POR MEIO DO DESAPEGO

" Outra qualidade que ajuda o ser humano a usar o próprio sofrimento para crescer e evoluir é o desapego.
Á primeira vista, também a palavra "desapego"- assim como ocorre com a palavra aceitação" - pode ser mal interpretada e suscitar incompreensão e recusa, porque é vista como frieza, insensibilidade e indiferença, ou como renúncia e sacrifício.
Do ponto de vista espiritual, porém, a qualidade do desapego representa uma conquista muito elevada e profunda, fruto de uma série de amadurecimentos e superações interiores que libertam o homem das identificações, confusões e ilusões.
Ao contrário do que poderia parecer, portanto, o desapego não representa uma aridez ou um estreitamento. É uma ampliação da consciência, a qual libera grande força e grande alegria. Na verdade é uma realização que conduz à libertação do sofrimento.
Para alcançar esse alto nível de consciência, é necessário passar por vários amadurecimentos sucessivos e por um processo gradual de desapego.
O homem não consegue conquistar o verdadeiro e total desapego subitamente, mas sim passando por um processo de simbólica "escalada" interior, subindo uma escada cujos degraus representam cada um dos níveis dos quais ele precisa se desapegar depois de havê-los alcançado.
Todo caminho evolutivo do homem é constituido pelo conflito entre o passado e o futuro, entre o apego a algo que acreditamos ser real e indispensável para a nossa vida e a necessidade de deixar esse algo porque ele se transformou em um obstáculo ao nosso crescimento.
Com frequência nossos apegos são inconscientes, porque são causados por necessidades e carências não resolvidas que condicionam nosso modo de ser e de viver, alterando nossa percepção da realidade. Eles nos fazem acreditar que são uma coisa verdadeira e importante, nos impelem para caminhos equivocados, nos induzem a agarrar tenazmente situações, pessoas e sentimentos aos quais nos deixamos aprisionar.. Tudo isso constitui um grande peso morto, impedindo o desenvolvimento da nossa consciência que sempre tende para a realização da nossa essência real, o EU."
Trecho do livro O Caminho para a LIbertação do Sofrimento - Angela Maria La Sala Batá
Continua.....

quinta-feira, 24 de maio de 2012

BENÇÃO

Kuan Yin - Deusa da Misericórdia



" Que a paz de Deus paire sobre os vossos lares.
Possa o amor Divino estar em vossos corações
Que a luz cósmica flameje em vossas almas e a sabedoria em vossas mentes!
Possa a força do Altíssimo vitalizar cada membro de vossos lares!
Que a saúde e o bem estar Divino se manifestem em vossos corpos, que são as vestimentas com que agora vos envolveis.
Que a graça de Deus vos cubra em vossos atos de adoração.
Possam os dons do Absoluto expressarem-se através de vossas consciências, e que a plenitude e a vitória de vosso Plano Divino sejam realizadas, e selem a vossa passagem pela Terra!
Muita luz e Muita paz"

terça-feira, 22 de maio de 2012

ATITUDES INARMÔNICAS

" Parece quase impossível fazer o ser humano comum compreender que, no momento em que ele se permite pensar ou dizer algo de natureza invejosa, ciumenta, vingativa, crítica ou destrutiva, sua atitude mental está fora de harmonia das forças físicas do corpo com as forças místicas do universo. Tal estado invariavelmente resulta em que as forças físicas do corpo se tornam algo destrutivo ou inarmônico, e em alguma parte do corpo ocorrerá, gradualmente, uma manifestação externa. Uma pessoa pode estar convicta de que o fato de perder a calma é desastroso para os nervos e o sangue certamente produzirá uma reação física ou mental. No entanto, pode não compreender que, quando seus pensamentos são grosseiros, críticos ou destrutivos, com certeza provocam reação em seu estado mental e físico.
Quando uma pessoa despende qualquer energia de pensamento em dar vazão a ódio, crítica destrutiva ou comentário grosseiros sobre um indivíduo ou grupo de indivíduos, cedo ou tarde a reação dessa atitude inarmoniosa produz uma condição física ou mental mais ou menos grave. A pessoa que acredita que alguém lhe fez uma injustiça e acha que deve fazer comentários destrutivos a seu respeito, ou que sempre está procurando criticar alguém maliciosamente, por certo estará trazendo má saúde e infortúnio para a sua vida. É metafisicamente verdadeiro o fato de que, para cada minuto gasto no pensamento de impressões desfavoráveis, crítica destrutiva ou ódio para com alguém, haverá horas de sofrimento físico e mental em reação."
Texto da revista O Rosacruz

quinta-feira, 10 de maio de 2012

QUEBRANDO RESISTENCIAS

" O despertar para uma alimentação natural e o desejo de praticá-la é um importante passo para o resgate de uma vida harmoniosa e saudável".
A frase acima está escrita na capa da postila do curso de alimentação natural que participei recentemente.
Conheço de alimentação saudável porque venho aos poucos modificando meus hábitos alimentar de formar conscienciosa.
Sou observadora do cotidiano, dos momentos e das compreensões que eles trazem. Essa foi mais uma oportunidade.
O quanto é difícil estabelecer mudanças, falar em mudar para uma alimentação saudável gera comentários, e uma resistencia ao que pode ser uma possibilidade de saúde, menos ansiedade, liberdade para ter bons pensamentos, haja visto que a mente e o estomago "caminham" juntos.
Fiquei refletindo o que talvez gera essa "resistencia" que é uma "ordem" que está no inconsciente coletivo desde os tempos antigos quiça do início do mundo e que hoje percebo como um grande equívoco.
Desde o início do mundo que segundo se escreveu, nos livros antigos da "ordem" dada por Deus, Moisés que recebeu a tábua dos mandamentos e "ordenou" que se cumprisse o que nela estava escrito mais até os dias atuais esses mandamentos, cada vez esquecidos. Depois vieram as religiões, com as histórias dos pecados, culpa, o certo e o errado, formação da família pai e mãe com suas crenças sobre a "ordem" por nós copiadas e repassadas aos nossos filhos, até a era atual do "tudo pronto" para atender com rapidez a correria em que o mundo se encontra.
Os ouvidos ficam situados na área do chakra laríngeo que representa a verdade dita através do pensamento, da ação feita, tendo como palavra de Poder: " Eu sou a verdade"(do livro Anatomia Energética dos Corpos e Chakras) funcionando como transmissor da "ordem" recebida e nem sempre respondida o que provoca sérios bloqueios gerando assim "resistencia" sem ao menos ser avaliada como se fosse automático.
Quanto a mudança na alimentação, tenho ouvido o quanto é difícil se trocar tantas comidas deliciosas, que encantam ao olhar e depois ao paladar, que alimentação natural é sem graça, e que muitos só mudam quando o corpo já chegou ao limite de tolerância.
Mudar hábitos requer conhecimento, paciência em "ouvir" compreender que os excessos só satisfazem momentaneamente, que a felicidade e a paz está dentro de nós buscando no silêncio da meditação estabelecer contato com o Divino que habita cada um e que ele nunca "ordena" só nos acolhe do jeito que somos e que espera que cada um se "liberte" da ordem e passe a expressar a verdade que vai na sua alma.
É isso que venho todos os dias.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A CURA DO CORPO, DA MENTE E DA ALMA

EM SEU ASPECTO MORTAL, o homem é um ser trino. Ele anseia por se libertar de todas as formas de sofrimento. Suas necessidades são:
1. A cura das enfermidades físicas.
2. A cura das enfermidades mentais ou psicilógicas, como medo, raiva, maus hábitos, consciência de fracasso, falta de iniciativa e de confiança e assim por diante.
3. A cura das enfermidades espirituais, como indiferença, falta de determinação, dogmatismo e orgulho intelectual, ceticismo, contentar-se com o lado material da existência e ignorar as leis da vida e a divindade do homem.
É de primordial importância dar-se igual ênfase à prevenção e à cura de todos os três tipos de enfermidade.
A atenção da maioria das pessoas está fixa unicamente na cura da desarmonia corporal, por ser esta mais tangível e óbvia. Não percebem que as pertubações mentais - como preocupação, egoísmo, etc - e a cegueira espiritual quanto ao significado divino da vida são as causas reais de toda infelicidade humana.
Quando o homem houver destruido as bactérias mentais da intolerância, da raiva e do temor, e libertado a alma da ignorância, é improvável que sofra de doença física ou de carências mentais.
Paramahansa Yogananda - Livro Afirmações Científicas de Cura

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A SABEDORIA

" Ser sábio é conhecer com perfeição todos os aspectos da dualidade humana e aplicar esse domínio a todas as relações que estabelecemos com os outros. Portanto, é sábio aquele que sempre mostra o caminho a ser seguidos sem nunca o impor, e que jamais faz pelos outros o que eles mostram interesse em fazer por si mesmos.
Sábio também é aquele que sabe calar quando é preciso se contentar em escutar, e falar quando pode e deve se fazer ouvir. O verdadeiro sábio não é aquele que fala bem da sabedoria, mas aquele que faz falarem bem dele pela sabedoria de suas ações. De tudo que dissemos acima resulta que a verdadeira sabedoria sempre ouve mais do que fala, fala menos do que age, e nunca age sem ter antes refletido muito. Darmos prova de sabedoria não é queremos reformar o mal que cremos ver nos outros, mas nos conformarmos ao bem que estamos ceretos de perceber neles. A sabedoria tem por missão preservar a harmonia onde ela existe, e tudo fazer para que ela se faça onde não existe.
Empunhar a espada da sabedoria não é uma fácil tarefa, mesmo para o maior dos cavaleiros. É grande a tentação que ele tem de se acreditar sábio sob o pretexto de que traz consigo essa espada".
Trecho da revista O Rosacruz

terça-feira, 17 de abril de 2012

NÃO DEIXE A TRISTEZA ENTRAR

Não deixe que a tristeza se instale no seu coração. Ela sempre chega devagar, sorrateiramente, sem alarde, chega silenciosa, tão quieta que não notamos a sua chegada. Ás vezes entra por uma noticia desagradavel que ouvimos, outras vezes por uma lembrança de algum fato que nos desagradou, em outros momentos por uma palavra mal colocada por alguém. É assim que ela chega, devagar, sem querer.
Quando nos damos conta, ela já se instalou e em alguns casos passa a viver dentro de nós, fazendo do nosso coração e do nosso ser sua morada.
A tristeza não é uma boa companhia, por isso, melhor que prestemos atenção à sua chegada, para não deixar que ela entre. Coloquemos a alegria para recebê-la,e vejam como elas não tem afinidade, não haverá lugar para a tristeza. Ela logo se retirará e permanecerá apenas a alegria."
Gotas de Paz

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A IMPERMANÊNCIA

" A primeira Qualidade do Darma é a impermanência. O Buda ensinou que tudo é impermanente - flores, mesas, montanhas, regimes políticos, sensações, percepções, formações mentais e até mesmo a própria consciência. Não conseguimos encontrar nada que seja permanente. As flores murcham e apodrecem, mas saber disso não nos impede de gostar delas enquanto estão vivas. Se aprendermos a olhar para as flores com os olhos da impermanência, quando elas morrerem não sofreremos. A impermanência é mais do que uma simples idéia. Ela é uma prática que nos ajuda a ter contato com a realidade.
Quando estudamos a impermanência, temos que perguntar:" Será que existe alguma coisa nesse ensinamento que tenha a ver com minha vida cotidiana, com minhas dificuldades concretas, meu sofrimento?"
Quando encaramos a impermanência como uma mera filosofia, deixamos de seguie os ensinamentos do Buda. Cada vez que olhamos ou escutamos algo, o objeto de nossa percepção pode nos ensinar sobre a natureza da impermanência. Temos que continuar alimentando a compreensão da impermanência, ao longo de todos os nossos dias.
Quando contemplanos a impermanência, vemos que as coisas mudam porque suas causas e condições mudam. Quando contemplamos o não-eu, vemos que a existência de cada coisa só é possível devido à existência de tudo o mais. Assim sendo "tudo o mais" é a causa e a condição da existência de cada coisa. Tudo existe dentro de cada coisa.
Do ponto de vista do tempo, dizemos "impermanência", mas do ponto de vista do espaço dizemos "não-eu" As coisas não coninuam iguais durante dois momentos consecutivos, portanto não existe nada que possa ser considerado como um eu permanente. Antes de voçê entrar na sala onde está agora, voce era diferente tanto física quanto mentalmente. Ao contemplar a si mesmo, voce vê a impermanência. Não conseguimoes dizer: "Eu aceito a impermanência, mas o não-eu é muito difícil" Os dois são a mesma coisa.
A compreensão da impermanência nos proporciona confiança, paz e alegria. A impermanência não conduz obrigatoriamente ao sofrimento. Se a impermanência, a vida não existiria. Sem a impermanência a sua filha não cresceria e se tornaria uma linda mulher. Sem a impermanência, os regimes políticos opressivos nunca mudariam. Mas nós achamos que a impermanência nos faz sofrer. O Buda deu o exemplo do cachorro que foi atingido por uma pedra e ficou zangado com a pedra. Não é a impermanência que nos faz sofrer, mas sim o desejo de que as coisas sejam permanentes, quando na verdade não não.
Devemos aprender a apreciar o valor da impermanência. Se temos boa saúde e consciência da impermanência, vamos cuidade de nossa saúde. Ao saber que a pessoa que amamos é impermanente, daremos mais valor a ela. A impermanência nos ensina a respeitar e valorizar cada momento de nossa vida, bem como todas as coisas preciosas que estão ao nosso redor e dentro de nós. Quando praticamos a atenção plena à impermanência, sentimo-nos mais renovados e mais amorosos.
A contemplação pode ser uma forma de vida. Podemos praticar a respiração consciente para nos ajudar a entrar em contato com cada coisa e entender sua natureza impermanente. Essa prática impedirá as queixas de que tudo é impermanente e de que portanto nada vale a pena. A ipermanência é o que torna a transformação possível. Deveríamos aprender a dizer "Viva a impermanência" Graças a ela, podemos transformar o sofrimento em alegria.
Se cultivarmos a arte de viver consciente, quando as coias mudarem não teremos arrpendimentos. Poderemos sorrir, porque fomos capazes de apreciar cada momento de nossa vida e também de fazer os outros felizes. Quando estiver discutindo com alguém a quem ama, feche os olhos e visualize a si esmo daqui a trezentos. Quando abrir os olhos, vai querer abraçar a outra pessoa, sabendo como vocês dois são preciosos. O ensinamento da impermanência nos ajuda a apreciar de fato o que está aqui, sem apegos nem descaso".
Trecho dolivro A Essência do Ensinamentos de Buda - Thich Nhat Hanh - Ed. Rocco

terça-feira, 10 de abril de 2012

A JORNADA DA HUMANIDADE

" Esta é nossa jornada, a jornada da humanidade e, embora cheia de asperezas e gravetos de incompreensão e ignorância, mesmo assim é uma bela jornada na direção de uma reunião com o Deus de nosso coração. É, de fato, uma jornada para conhecermos a nós mesmos, pois é apenas de nós mesmos que podemos obter a verdadeira paz e a verdadeira alegria.
Se estamos infelizes, isso vem apenas de dentro de nós. Inversamente, se estamos alegres, isso também vem de dentro de nós. Que bem maior podemos fazer do que aprender os caminhos de Deus, aquele hálito de vida que inspira todos os momentos e que nos dá vida? Essa centelha de vida interior vem de nossa respiração e contém tudo de que necessitamos para termos uma vida plena. As necessidades calmas, quietas e doces da voz sutil que vem de dentro estão agora mais fortes do que nunca em nosso mundo.
A busca da humanidade continua a se definir e, entre muitas pessoas, há uma percepção de que existe muito mais na vida do que o nosso ambiente externo. A jornada para encontrar o crescimento interno começou e as grandes perguntas e suas respostas cabem a nós, buscadores.Movidos pela consciência, a voz de eu-mesmo, calmo e inabalável, permanecerá forte e impassível como nosso guia.
Com uma olhadela nessa beleza interna através da comunhão com o eu-mesmo, a escuridão vai se dissipar e uma luz maior vai ser divisada. Com esse esforço, voce vai encontrar outros com mentes afins que têm braços fortes em que se pode apoiar para ter suporte e orientação. Como quando as palavras "Conhece-te a ti mesmo" foram escritas pela primeira vez na antiga Grécia, as Escolas de Mistérios estão vivas e abertas como uma avenida para que possamos encontrar compreensão espiritual e mística.
Seus olhos são os olhos do observador e, à medida que voce realiza a sua jornada para dentro, é a alma humana que vai se tornar mais clara como algo que inspira admiração.
A mão do Arquiteto do tempo está ausente ali. A idade vai ser substituida pela sabedoria; as trevas serão substituidas pela compreensão. Em face à adversidade, palavras de inspiração vão cumprimentá-lo.
Somos buscadores, todos nós, e estamos agora no Potal do Templo guiados pela doce voz da consciência. Assim como os sábios de outrora, também estamos construindo um templo gradioso e belo para outros seguirem.
Que possamos andar de mãos dadas, com graça e com pensamentos amorosos, e apresentar ao mundo aquele eterno pedido que leva ao autodomínio "Conhece-te a ti mesmo"."
Trecho da revista O Rosacruz

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O SONS DO CORPO

Tudo na vida é impermanente. Vivenciei por estes dias essa possibilidade com o infarto sofrido por alguém da minha familia, foi um turbilhão de medos, espectativas que mais uma vez parei para refletir.
Sentada na UTI cardiológica, observando o monitor, fios, respiração difícil, o andar silencioso dos profissionais
em atendimento, fiquei pensando no "som" do universo que segundo tenho lido, o mundo foi criado a partir da vibração cósmica do OMe que essa vibração tudo permeia, inclusive nossos corpos vibram nessa diapasão, ou seja cada órgão do nosso corpo vibra de forma psíquica em harmonia com o universo.
O estudo dos centros psíquicos remonta as antigas sociedades secretas cujo acesso até poucas pessoas têem acesso, é sabido que os Êssenios curavam entoando determinados grupos vocálicos ou mantras nos órgaõs das pessoas que buscavam ajuda para cura dos males do corpo, equilibrando não só físico como a alma.
Cada órgão do corpo tem a sua vibração psíquica, que para alguns estão relacionadas aos chakras. A frequencia vibracional desses centros pode mudar o efeito de emoções internas ou externas. Quando há um desequilibrio na vibração, o corpo adoece.
Na era do primitivismo essa percepção era mais aguçada, o homem podia "ouvir" ultra sons, "pressentimentos" de cataclismos, chamados por instintos. Com a "evolução" fomos ficando como que separados: a mente, a emoção, o espírito, o corpo, cada um "falando" sua própria liguagem sem chegar a um equilíbrio.
Foi o que aconteceu ao meu familiar: o coração (contrapartida psíquica do timo) foi o limite para o que a mente queria, a emoção sentia (resultado de alimentação inadequada, afetando pâncreas, baço, fígado rins etc mais desejos, frustações, mágoas, expectativas) efetuando uma "parada" para que a compreensão de novos rumos se instale, sem a necessidade de trazer tanto sofrimento para o corpo e para os que estão a sua volta.
Saindo do hospital me deparo com o "som" do mundo: engarrafamento, carros buzinando, a pressa das pessoas para ir a lugar nenhum, e eu com meus "botões": De que forma as pessoas encontrarão tempo para "ouvir" o som dos seus corpos? eu tenho escutado.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O SILÊNCIO E O DESPERTAR PSÍQUICO

" O silêncio deve ser a lei do homem em qualquer circunstância e, naturalmente, em primeiro lugar, a lei do iniciado".
" Mas o caminho da iniciação é, sobretudo, uma rude escola de paciência.
Quando a energia psíquica é despertada e começa a desabrochar, somos capazes de mergulhar naturalmente em meditação.
Nesses estados cada vez mais profundos, nos tornamos conscientes da verdade - nossa própria natureza verdadeira. Foi para essa experiência que nascemos. Como ser humano, nossa obrigação mais elevada é a de conhecer nosso verdadeiro Ser, a grandiosidade de nosso próprio Ser, e viver nesse estado.
Com o despertar psíquico, o poder da energia divina diminui os efeitos negativos de tendências e hábitos antigos, cujo controle sobre nós diminui à medida que o autocontrole aumenta. Descobre-se um reservatório de força e virtudes. Nutrida pela prática espiritual, a energia gradualmente se desenvolve dentro de nós, revelando os mistérios do mundo interior, enquanto traz clareza à nossa vida externa. Nossa mente se torna mais calma e com melhor capacidade de foco. A serenidade do Ser começa a infiltrar-se em nossa vida diária. Então, o amor, a energia e o bem-estar que experimentamos também elevam aqueles ao nosso redor.
Existe um lugar dentro do coração aonde podemos ir, e a prática da meditação é a forma mais direta de buscar esse espaço e trazer o silêncio para a mente. Enquanto estamos no domínio da palavra, estamos envolvidos nos significados limitados, nas emoções limitadas e nas experiências limitadas. No silêncio encontramos infinitude. O silêncio é a linguagem de Deus, ele é tanto uma prática como um estado. Quando a mente está em paz, existe grande sabedoria.
O silêncio é a raiz da consciência e sua glória é ilimitada - nada é tão poderoso. O silêncio é a religião mais elevada e um símbolo da verdade eterna, é a verdadeira luz. Está constantemente presente em todos os sons, em todos nós, em tudo. O profundo silêncio está sempre no presente, sem flutuações, sem estar preso no passado e no futuro. O silencio sempre é. O silêncio é Deus, que é sem forma e sem qualidades. Desse silêncio supremo e imutável irrompe a energia divina, que cria a partir de Seu próprio ser este mundo múltiplo preenchido por diferentes objetos. À medida que o silêncio se torna multiplicidade, Ele toma formas diferentes, que brincam na manifestação gloriosa do mundo.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinha de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. No silêncio, entendemos que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro de nós, e não a partir do outro. Ao perceber-mos isso, nos tornamos menos críticos e mais compreensivos quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
Ao explicar a virtude das pausas, o maestro do coro de uma catedral disse: "A música e as palavras podem ser muito mais belas e significativas quando têm tempo para ressoar no interior da alma"
Texto da revista O Rosacruz

domingo, 11 de março de 2012

DA APLICAÇÃO

"Como os dias que passarm se foram para sempre, e os dias futuros poderão não chegar a ti no estado presente de teu ser, cabe a ti, ó homem! fazer uso do estado presente sem lamentar a perda do que já passou e sem depender demais do que ainda virá; pois nada podes saber de teus futuros estados, exceto o que tuas ações de agora disponham para eles.
Este momento é teu; o momento seguinte encontra-se no ventre do futuro e não sabes o que te pode trazer; a maturidade do que não nasceu está na observância da Lei.
Cada estado futuro é aquilo que crias no presente.
Tudo que decidires fazer, realiza-o imediatamente. Não deixes para a tarde o que puderes realizar pela manhã.
A indolência é a mãe da carência e da dor; mas o trabalho belo Bem gera prazer.
A mão da diligência derrota a necessidade; a prosperidade e o sucesso acompanham o homem industrioso.
Quem é aquele que adquiriu riqueza, que elevou-se ao poder, ataviou-se com honras, de quem toda a cidade fala com louvor e que se coloca diante do rei em seu Conselho? Somente aquele que expulsou a indolência de sua casa e disse "Ociosidade, és minha inimiga".
Ele cedo deixa o leito e tarde se recolhe; exercita a mente pela contemplação, ocorpo pela ação e preserva a saúde de ambos.
O homem ocioso é uma carga para si próprio, as horas lhe pesam na cabeça; ele perambula e não sabe o que fazer.
Seus dias passam como a sombra de uma nuvem; ele não deixa nenhum sinal que o recorde.
Seu corpo adoece por falta de exercício e, embora deseje agir, não tem poder para mover-se; sua mente está obscurecida; seus pensamentos, confusos; ele aspira pelo conhecimento, mas não tem diligência.
Gostaria de comer a amêndoa, mas detesta o trabalho de quebrar a casca.
Sua casa está em desordem, seus servos desperdiçam e tumultuam, e ele caminha para a ruina; vê tudo isto com seus olhos, ouve com seus ouvidos, sacode a cabeça e deseja, mas não tem resolução; e assim a ruína cairá sobre ele como um turbilhão, e a vergonha e o arrependimento descerão com ele ao túmulo.
Contudo, chegará o dia em que tua Alma retornará dos Céus, juntará o pó e o animará"
Do Livro "A Vós Confio" publicado GLP

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AMANHÃ SERÁ DIFERENTE

" O amanhã será diferente; se hoje plantarmos a paz e a harmonia entre as pessoas com as quais convivemos;
O amanhã será diferente; se hoje não houver o comodismo em nossa vida;
O amanhã será diferente; se hoje fizermos mais pelos que necessitam da nossa ajuda;
O amanhã será diferente, se hoje não guardarmos em nosso coração sentimentos que nos afligem o corpo e o espírito;
O amanhã será diferente, se fizermos a nossa parte em nossos compromissos;
O amanhã será diferente, se hoje não cobrarmos do outro aquilo que nós deveríamos estar fazendo;
O amanhã será diferente, se hoje deixarmos fora da nossa caminhada todas as ofensas que recebermos;
O amanhã será diferente, se hoje enfrentarmos corajosamente todos os obstáculos e tempestades do caminho;
O amanhã será diferente, se hoje fizermos da nossa vida realmente uma vida de lutas e mudanças em nós."
Gotas de paz