RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tempo de respirar e aguardar. Enquanto aguardava, continuei frequentando as meditações na "Gruta do Sol", conhecendo sobre a Grande Fraternidade, aprendendo "informalizar" minha ligação com Deus, sem precisar de intermediários.
Antes de dormir, pedia orientação que seria meu guia durante essa nova etapa de aprendizado; deixava um caderno próximo da cama.
Devido a ansiedade, os primeiros dias não aconteceu nada, com a constância na meditação fui aos poucos "silenciando" a mente racional, então aconteceu: ''TODO APRENDIZADO REQUER DISCIPLINA E PERSEVERANÇA.''ORA,MEDITA E CONFIA''. Haja respirar, orar e meditar; parecia que os dias não passavam, nada acontecia, mas estava acontecendo, porque logo consegui um trabalho nas proximidade do Dique do Tororó, um lugar lindo cercado por tanto barulho, era algo para começar refletir: Se estamos bem, o caos externo não nos afeta.
Era período do inverno, dias sombrios, manhãs as vezes quente tardes frias, olhando a natureza que sempre segue seu próprio movimento,fui aos poucos ampliando o olhar e percebi que as árvores estavam " recolhidas," como que hibernando, mesmo quando fazia sol. Foi uma constatação que me deixou emocionada; pensei, preciso aprender respeitar as " estações" no meu corpo, na minha vida. Passei a considerar que não era atoa que estava ali, precisava do inverno para aquietar, ajustar "meus corpos", aguardar o que viria com a primavera.
Nesse período, resolvi que era hora de experimentar outro dom, o de bordar. Comprei uma revista de ponto de cruz, pano, agulha e linhas comecei o bordado. foi bordando que aprendi sobre o movimento da respiração; comecei a perceber que ficava tão compenetrada em acertar que prendia a respiração, então comecei devagar estabelecer um ritmo entre bordar e respirar,
fui diminuindo a rigidez de ter que acertar logo de primeira, se errava, voltava começava tudo de
novo, fui aprendendo sobre a paciência, comecei a encarar como um divertimento. Gostei tanto,
que passei a presentear algumas amigas com os meus trabalhos, tinham o avesso perfeito? nem
tanto, mas havia os esforço e o carinho com que fazia os bordados. Foi tão bom que logo estava ensinando a uma colega de trabalho. (ela era perfeccionista, então seus bordados tinham que ser
perfeitos - en não ensinei assim).
Continuava perguntando, meditando e aguardando resposta que começou surgir em várias horas
dependia o quanto ficava em paz.
"O PASSADO É PARA SER OLHADO COMO PONTE LIBERTADORA PARA O PRESENTE.
E O QUE A PRINCIPIO PARECE UMA TRAVESSIA LONGA E DOLORIDA NÃO É.
CONFIE QUE VOCÊ TERÁ COMPANHEIROS QUE A CERCARÁ DE CUIDADOS, CARINHO E MUITA FORÇA. CORAGEM, VOCÊ JÁ VENCEU OUTRAS ETAPAS'
Começaram chegar as possibilidades, primeiro foi o curso de Reiki, massagem, terapia corporal
livre, e tantos nos outros sempre na área de cuidar do outro. quanto mais cuidava de mim, o futuro profissional ia delineando.
Trabalhando no Dique tive oportunidade de conhecer muitas pessoas simples,companheiras, prontas a ajudar a quem precisava. Algumas dessas amizades conservo com muito carinho, escrevendo agora, me permito lembrar de algumas: Telma que na época vendia cafezinho, é uma
amizade que perdura até hoje; ambas gostamos de comer cuscuz, e sempre que podemos nos encontramos, para bebermos café (que ela faz muito bem) e trocarmos idéias.
Trabalhando só um turno, no outro comecei atender num espaço com a massagem, me preparando para quando chegasse a hora de ficar por minha conta. Ainda me inquietava com a tal da "garantia", sem carteira assinada, sem décimo terceiro, sem, sem, sem... a mente racional ficava num blá, blá sem conta. Então lembrava; Ora, medita e confia.
Hoje refletindo sobre "garantias" penso que quando buscamos garantias, corremos o risco de ficarmos estagnados num ciclo de dor e sofrimento.
Terminou o inverno, as árvores começavam a sair do seu recolhimento, era chegada a hora também do meu despertar. Fazer as escolhas, sabendo que não teria ninguém para culpar qualquer que fosse o resultado.
" VOCÊ É SEU PRÓPRIO MESTRE. OUVE E SEGUE TEU CORAÇÃO SEMPRE. ACREDITA MAIS EM SUAS QUALIDADES'.
Quando chegou a primavera, encerrei esse ciclo da minha vida. Pedi demissão, me dei alta na terapia, sai do grupo de estudos, o espaço onde fazia meditação fechou, comecei a trabalhar no que considero uma escolha de alma, e por aí vai. Já se vão alguns anos, sempre estudando, aprendendo, e no cotidiano do meu trabalho em contato com os clientes, seres humanos,
que cada vez cresço como pessoa, cada atendimentos é um aprendizado baseado em respeito,
confiança, carinho e muito amor. Abençoados sejam.
O novo ciclo trouxe a RosaCruz de presente. Bem, esse é outro capítulo, outra história.

"A FÉ NÃO DEVE ESTÁ ALICERÇADA NO DESEJO DE CONQUISTAS E REALIZAÇÕES.
A FÉ COMO TUDO NO UNIVERSO, FLUI E REFLUI. POR ISSO NÃO É PRECISO TER FÉ PARA "ABRIR" PORTAS PORQUE ELAS NUNCA EXISTIRAM. AS PORTAS FORAM CRIADAS PELO DESEJO E OBSTINAÇÃO".
PARA REALMENTE VIVENCIAR A FÉ PLENA SE FAZ NECESSÁRIO CONFIANÇA E ENTREGA COMO NUM VÔO LIVRE DOS PÁSSAROS, TENDO A CERTEZA QUE NO FLUIR E REFLUIR DO UNIVERSO SEREMOS ATENDIDOS NÃO PELO QUE DESEJAMOS E SIM E ACORDO COM O QUE ALMA ESCOLHEU COMO TAREFA E COMPROMISSO DE FÉ".

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