RHEBECKA SOUZA

Somos seres com alma de borboleta, plena de beleza e harmonia, habitando num corpo onde as emoções e desejos, numa espécie de casulo nos aprisionam nos corpos físico, emocional, mental e espiritual, até que a compreensão e a consciência nos eleve ao que somos verdadeiramente, seres de luz.


terça-feira, 25 de maio de 2010

O CARMA E O ESPAÇO-TEMPO

De tudo que tenho lido sobre o assunto encontrei no texto de Daniel Meurois-givanda a explicação de forma clara.
" O carma... Precisávamos, finalmente, chegar aqui, porque, se há um princípio ligado aos Tempo e da Memória, que lhes contabiliza os efeitos, é exatamente o carma. Certamente, uma biblioteca inteira não bastaria para responder a todas as interrogações que um assunto como este suscita. Contentar-me-ei, pois, a tratar algumas delas por alto, na minha própria "ótica Akáshica".
ENTRE A ESPUMA E O SUCO
Quando tento determinar as coordenadas da infinidade de perguntas que me fazem regularmente com relação ao carma, a primeira coisa que me chama a atenção é a conotação negativa e rídicula que quase sempre lhe atribuem.
Ouço sempre: É meu carma, ou É se carma, significandouma fatalidade inevitavelmente penosa. O carma, então é compreendido como grilhão angustiante a ser arrastado atrás de si. Visto desse modo, ele alimenta naturalmente umasituaçãodevítima, já que só se manifestaria com afinalidade de criar-nos obstáculos e fazer-nos pagar uma dívida sobre a qual geralmente nada sabemos, mas que estaria ligada às insufiências de nossas vidas anteriores.
Se a noção de carma permite abordar deforma muito coerente a do pecadooriginal, ela, contudo, em nada concilia nossa relação, muitas vezes difícil, com o obstáculo que a vida nos reserva.
Abordar o carma sob este ângulo meio desmoralizante equivale, é bom que se diga, a considerar com um olhar dramaticamente restrito o que ele é.
Na realidade, o conceito de carma não deveria induzir a nada que fosse a priori mais negativo do que positivo. O carma é simplesmente o resultado de uma memória. Pode ser a memória da coletividade humana, ou então, da nossa memória pessoal. Evidentemente, referimo-nos aqui ao nosso banco de dados profundo, ao gigantesco arquivo que representa nosso átomo-permanente. O carma é, ao mesmo tempo, seu suco e sua espuma, ou seja, a mistura da quintessência com as impurezas segregadas por nossa alma ao correr das existências.
Uma parte da bagagem que ele representa nos dá, consequentemente, asas, ao passo que a outra nos prende a uma gravidade aflitiva. No curso de uma vida, precisamos assim, a cada dia, conciliar o crédito com o déficit.
Neste sentido, o carma é a correia de transmissão que permite que uma lei de equidade absoluta se encarne. Ele é o motor divino através do qual as almas aprendem a crescer, ao revelar sistematicamente as coisas que semearam, tanto luminosa quanto obscuras.
Ao dizer isto, estamos, no entanto, longe de ter examinado toda a questão... Ficamos num nível inicial de reflexão, bem terra-a-terra, de uma espécie de compatibilidade. De um lado haveria nossos créditos e do outro, nossos débitos, com nossa vida presente então a resultante do equilíbrio ou do desequlíbrio entre as "partes".
Assim, uma vida difícil significaria uma pesada dívida a ser quitada, ao passo que uma existência fácil e agradável seria sinal de uma recompensa divina em vista de uma espécie de conta bancária celeste vem provida....
Tal visão das coisas, que eu chamaria simplista, para não dizer primária, infelizmente, traduz a compreensão que milhares de seres humanos têm do carma.
Nessa ótica contábil, muitos se esquecem, na verdade, de alguns dados importantes: no plano material, pode-se estar desprovido de recursos, sem, por isso, deixar de ter inteligência, coragem ou habilidade..exatamente como pode se estar na opulência sem ter, necessariamente, dado provas de grandes merecimentos. A trapaça e o jogo, às vezes escuso, empréstimos e investimentos não estão na origem de um certo número de fortunas?
O mesmo ocorre, de modo semelhante, embora mais sutilmente, com a lei do carma e da reencarnação. Às vezes, pode-se tomar empréstimos imprudentemente, gastando o que não se tem... programando-se, por exemplo, uma vida fácil. Em termos mais concretos, acontece que antes de encarnar se peça "Dai-me uma vida magnífica... Mesmo que eu verdadeiramente não a mereça, me recuperarei na seguinte, e pagarei o que devo".
Chama-se a isso solicitar um adiantamento ou um saque a descoberto...
Podemos também poupar, ou mostrar-nos generosose recuperar-nos sem despediçar nossas forças. Aumentamos, então, nosso potencial de realização pela aceitação eventual de uma série de provas que irão enobrecer-nos a alma. Trata-se de uma escolha..
Quanto à "Administração de nossa conta nos Céus", é-nos dada grande liberdade de ação... Masninguém pode gastar mais do que  é capaz de produzir. Esse tipo de vocabulário, proveniente em linha direta do mundo da gestão, pode chocar, mas resume perfeitamente a situação..Uma vida nada mais é do que uma representação que lida com numerosas ilusões, que são testes também.
Devo dizer que, nesse sentido, a penetração do Akasha teve para mim um papel extremamente formador. Sua leitura  Pôs e continua a pôr em evidência Maya, ou, melhor dizendo, o lado fugidio, vão e, em resumo, virtual, da série das nossas vidas que geram uma às outras como círculos concêntricos ao redor da essência imutável, nosso espírito.
Mesmo que nem todos possuam uma capacidade igual à minha nesta existência, parece-me de extrema importância que a série de reflexões a que ela induz seja divulgada ao máximo.
Desmascarar a ilusão pela compreensão do sutil mágico que é o espaço-tempo, deixar a periferia do Corpo de Deus e, ao final de uma extraordinária odisséia, aproximar-se do Seu Espírito eis a suprema Meta.. "

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